A estrada da história humana tem sido largamente marcada por revoluções e guerras. A Bíblia avisa-nos que, nos últimos tempos, as revoluções e guerras vão ocorrer em larga escala: “Ouvireis de guerras e rumores de guerras…pois nação levantar-se-á contra nação” (Mateus 24:6.7). Muitas das nações vão rejeitar as ideologias, religiões e políticas de outras nações, tentando destruí-las. Numa certa altura, o Anticristo aparecerá em cena e unirá as nações inquietas sob a bandeira do último motivo revolucionário – a luta contra o Deus Triune da Bíblia. No seu propósito satânico de destronar e matar o verdadeiro Cristo, quando Êle descer no Monte das Oliveiras em Jerusalém, cercarão Jerusalém (Zacarias 14:2-4; 12-13; Apocalipse 19:19-21). Estas nações serão instigadas por demónios a unir-se e a revoltar-se contra o reino de Deus (Apocalipse 16:13-16).
Investiguemos mais de perto o fenómeno das revoluções, para podermos apreciar o seu significado ao perpetuarem o mal. As revoluções sempre foram utilizadas por grupos e nações insatisfeitas e famintas de glória, para derrubar governos na oposição. Passemos brevemente em revista a natureza das revoluções, bem assim como os objectivos que os seus fomentadores têm em vista.
Uma revolução é uma forma de rebelião contra a ordem e autoridades no poder numa dada altura, numa nação ou comunidade, e tem por fim uma rápida e violenta mudança do sistema em curso. É o oposto a mudanças lentas, passivas e evolutivas. Uma revolução pode ser motivada ideológica, religiosa, política, social ou económicamente, ou por uma combinação destes factores. Uma vez que o objectivo de uma revolução é derrubar os sistemas, práticas e tradições existentes numa sociedade, ela é geralmente caracterizada por acções desrespeitosas, ilegais e provocativas. Está sempre em rebelião contra contra as estrruturas da autoridade na sociedade local ou noutros países, pois tais estruturas são tidas como responsáveis pelo apoio que dão às condições rejeitadas pelos adeptos da revolução.
Os revolucionários desejam promover a anarquia, de forma a desacreditar e derrubar a autoridade e políticas vigentes. Quanto mais violentos e chocantes os métodos por êles utilizados, mais depressa a velha ordem e as ideologias que a apoiam são derrubadas. Das ruinas da destruição, deve nascer uma nova ordem, que obedeça às exigências dos dirigentes da revolução.
Quando uma revolução não é bem organizada, devido a uma base ideológica fraca, e fraco apoio social e logístico, ela pode ser fàcilmente suprimida pelas autoridades guardas da ordem existente. Mas quando uma revolução é bem organizada, com uma base de apoio forte, ela pode mesmo prevalecer contra forte oposição e atingir assim os seus objectivos de efectuar alterações revolucionárias de longo alcance na sociedade.
Tem havido no mundo várias grandes revoluções, por meio das quais o curso da história foi radicalmente alterado. As seguintes são as principais:
A antiga revolução islâmica – Durante os dez anos entre 622 e 632 AD, os exércitos de Mohamed levaram a cabo uma revolução sangrenta contra os árabes politeístas, estabelecendo a fé islâmica na Península Arábica por meios violentos. Depois da morte de Mohamed, os seus sucessores continuaram as suas conquistas e, por volta de 650 AD, a revolução islâmica tinha submetido o Egito, grande parte do Norte de África, Israel, a Síria, e a Pérsia à nova fé. Os árabes islamitas do Norte de África conquistaram a Espanha em 711 AD, e governaram este país até 1492.
A revolução islâmica medieval – A revolução islâmica continuou muitos séculos a partir de um número de frentes diversas. Durante êste tempo, grandes partes da Índia e da Indonésia caíram sob o domínio do Corão, assim como a Turquia, onde se estabeleceu o poderoso Império Otomano. A marcha do Islão para Ocidente, pelos exércitos do Império Otomano, foi apenas travada em Viena, na Europa Central, em 1683.
A revolução francesa – Entre 1789 e 1799, os camponeses franceses levaram a cabo com êxito uma revolução contra a monarquia absoluta, o feudalismo e a pobreza. Também coincidiu com grandes convicções anti-cristãs, criando assim os fundamentos do socialismo e do humanismo secular.
A revolução nazista – A promoção da ideia de uma super-raça alemã fortemente anti-judaica e anti-cristã, constituiu a fundação do partido nazista de Hitler. Em 1933 obteve o contrôlo do govêrno, e alguns anos mais tarde esta ideologia revolucionária era a fôrça impulsionadora por tràs dos planos de Hitler para submeter o mundo inteiro à sua autoridade na Segunda Guerra Mundial. A Alemanha nazista caiu em 1945, mas não antes da morte de 52 milhões de pessoas na guerra, incluindo 6 milhões de judeus exterminanados das maneiras mais horrorosas.
A revolução comunista – Uma revolução bem sucedida em 1917, levou à queda do trono do Czar, e ao domínio da União Soviética pelos comunistas em 1918. Vários outros países e governos também sucumbiram à violência e intimidação das revoluções comunistas, incluindo a China, que continua a ter uma ditadura comunista. Muitos dos países do Terceiro Mundo tiveram a experiência de lutas revolucionárias de libertação tipo marxista.
A actual revolução islâmica – A vasta riqueza em petróleo de muitos estados árabes, assim como de nações islâmicas, como o Irão,tem dado origem durante as últimas décadas a um grande ressurgimento da revolução islâmica, que tem por fim sujeitar o mundo inteiro à autoridade de Allah. O estabelecimento em 1948 do moderno estado de Israel, foi um catalizador para a presente grande revolução ou Jihad. Por meio da propaganda islamista e da imigração forçada dos estados árabes visinhos, foi formado artificialmente um povo palestino para opôr a Israel e para tentar expulsar os judeus da sua terra. O próprio Yasser Arafat imigrou do Egito e incorporou muitos jordanianos no seu “povo palestino”.Todos os países árabes apoiaram os palestinos na luta contra Israel, mas foram derrotados e humilhados nas guerras que travaram contra Israel em 1948, 1956, 1967, 1973 e 1982. Isto conduziu a uma campanha cada vez maior de ódio contra Israel, e também contra os Estados Unidos e Grã Bretanha, por apoiarem Israel. O que começou como uma luta local entre Israel e seus visinhos, transformou-se numa luta global entre o Islão e todos os não-islamitas.
A fôrça ideológica por tràs da campanha de terror contra Israel, a América e seus aliados, deriva claramente da fé islamita. Esta religião engendra fortes sentimentos revolucionários anti-capitalistas, anti-cristãos e especialmente anti-judaicos. No seu livro “A Sociedade Islamita” (1983), o profesor E. Gellner afirma: “É evidente que o Islamismo goza do maior apoio político em todas as religiões do mundo durante o século 20. Apoia um número de governos altamente tradicionais e conservadores, mas é também capaz de gerar intenso fervor revolucionário e alinhar a extremo radicalismo. Como processo de mobilização política, o Islamismo ultrapassou o Marxismo bem assim como todas as outras religiões”.
Claramente, o Islamismo não é sempre uma religião de paz. Em Sura 55:56 afirma-se: “Ó Crentes, não façais paz nem com os judeus nem com os cristãos. Êles só são amigos uns dos outros. Se algum de vós se tornar seu amigo, tornar-se-á como êles! Allah não guiará os maus” – (Veja-se também Sura 9:5).
A Jihad islamita tem dois objectivos: Um é a demolição de “maus governos em estados islamitas, pois são vistos como sendo islamitas apenas de nome. É considerado um dever religioso deitá-los abaixo e substituí-los por governos islamitas fundamentalistas. O outro objectivo é lutar contra estados não-islamitas – particularmente os Estados Unidos e seus aliados. Israel é tido como um alvo importante, por êste país ser considerado guarda avançada do imperialismo americano no seio do mundo islamita, para ali causar divisões e inimizades.
A ideia do sofrimento-martír na Jihad, que se pratica para agradar a Allah, constitui parte inerente da luta. Morrer como mártir, (shahid), é considerada a mais elevada forma de auto-negação. Todo aquele que está disposto a morrer como um shahid num ataque suicida à bomba, é altamente elogiado. O Corão promete aos mártires uma recompensa especial no paraíso. A recompensa inclui entrar no paraíso sem o tormento da sepultura, e o previlégio de garantir a entrada a 70 amigos ou membros da família. Desta maneira, as pessoas são levadas a sacrificar as vidas em apoio a uma causa revolucionária de deshonra.
Há vários grupos radicais que estão a acender as chamas de uma revolução islâmica. O que segue é apenas um exemplo. Scott Shiloh – (Arutz Sheva, 16 de Novembro de 2005) diz: “Os islamitas redicais têm estado a usar o Monte do Templo como ponto focal para o planeamento e prègação do estabelecimento de um estado islamita mundial com Jerusalém como capital. Um dos grupos radicais que operam no Monte do Templo é o Hizab Altahrir, (O Partido Islamita da Libertação), que adopta uma ideologia semelhante à do Al Qaeda. A rede operacional do Izab Altahrir abrange a maior parte dos paízes da Europa Ocidental. O partido coloca a revolução islâmica e uma forma fiel de jihad no tôpo da sua agenda política. O grupo abraça o princípio da sujeição do mundo inteiro à lei islâmica (Sharia) e a destruição das nações e religiões não-crentes. O partido escolheu a Europa para espalhar a sua ideologia…
“Sheikh Riyad Salah, cabeça do Movimento Islâmico em Israel, tem estado também activo no ensino dos princípios da revolução islâmica. ‘Estamos às portas da revolução islâmica’ – proclama êle nos seus sermões aos cidadãos árabes de Israel. ‘As forças globais do mal serão eliminadas do mundo, e a nação islâmica prevalecerá para levar a cabo a revolução islâmica mundial, com a capital em Jerusalém’… A organização de Salah contribuiu para os esforços de reconstrução das mesquitas árabes do Monte do Templo, e tenta ao mesmo tempo eliminar as restantes antiguidades judaicas existentes no Monte… Milhares de jóvens árabes residentes nos territórios palestinos têm participado no movimento juvenil do partido, sob o cartaz “Lutando pela prègação da Revolução.” No Monte do Templo, perto da Cúpula da Rocha, a juventude Altahrir arvorou recentemente uma bandeira-gigante com as palavras “A Revolução é um Comando Divino”. Os jóvens foram aplaudidos pelos membros do partido que gritavam – “Para o ano em Jerusalém sob o govêrno da revolução islâmica”.
Deve-se frizar que, na área das ideias e movimentos revolucionários, o islamismo radical não constitui o maior e mais grave problema dos nossos dias. Embora não violento aínda em natureza, como luta armada, existe uma revolução muito maior que a jihad islamita, que é a revolução contra a supremacia, leis e autoridade de Deus no mundo. Uma nova ordem mundial anti-cristã está a ganhar vulto, em que é negada a fé no Deus Triune, enquanto que a nova geração é exposta de uma forma sem escrúpulos à decepção espiritual. Esta revolução está bem evidente nas seguintes áreas:
· No mundo cristão tradicional, a supremacia de Deus já não é reconhecida nas constituições dos paízes ocidentais, pois as antigas nações cristãs têm-se exaltado a si próprias julgando-se responsáveis pelo seu próprio destino. A humanidde moderna considera-se completa mente livre e nunca sujeita às leis e decretos de Deus.
· Deus já não é honrado como Criador, pois o homem moderno prefere considerar-se produto de um desenvolvimento evolucionário abrangendo milhões de anos. Prefere aceitar um chimpanzé como seu antepassado a aceitar a sua descendência de Adão.
· A morte susbstitutiva e mediadora de Jesus Cristo já não é reconhecida, pois o Cristianismo é colocado no mesmo pé das religiões não-cristãs. em muitos casos, o Cristianismo é mesmo olhado e tratado como inferior às outras religiões.
· A Bíblia não é honrada como a infalível Palavra de Deus; consequente- mente, a base da moralidade e educação cristãs é explicitamente rejeitada. É substituída por liberdades humanísticas que levam à aprovação do pecado como o homosexualismo, o abôrto, a violência, a mentira, a corrupção e as práticas ocúlticas.
· A humanidade moderna não aceita qualquer responsabilidade pelos seus actos perante Deus, e rejeita por completo a ideia que Deus castigará os não-crentes. Existem muitas igrejas apóstatas que apoiam as pessoas espiritualmente cegas na sua malévola causa.
Nos últimos tempos o Senhor Jesus Cristo tem sido retirado não só das constituições, sistemas educacionais e outras estruturas da vida pública, como até também de calendários. A maior parte dos países está agora a abandonar a cronologia cristã, em que as datas são expressas em termos de anos antes e depois de Cristo (BC) e AC. Argumenta-se, que esta prática ofende os membros das religiões não-cristãs. Agora referem-se ao número de anos antes do presente (BP), e a era cristã é agora Era Comum (CE). 1.000 anos BC é agora 3005 BP ou 1.000 BCE. Desta mneira, Aquele que não só criou o mundo mas é também a única esperança da humanidade, tem negada a Sua influência e posição no mundo. A Cristandade está a cometer o mesmo êrro que os judeus cometeram depois da primeira vinda de Cristo: Êle é “a verdadeira luz que dá luz a todo o homem que vem ao mundo. Êle esteve no mundo e o mundo foi feito através d’Êle, e o mundo não O conheceu. Êle veio aos seus e os seus não O receberam. Mas, a tantos quantos O receberam, a êles lhes deu o direito de se tornarem filhos de Deus, mesmo àqueles que crêem no Seu nome” (João 1:9-12). Mas agora Êle é negado no mundo cristão tradicional.
A revolução contra o Deus Triune e a Sua Palavara está a aumentar em intensidade e extensão, e em breve levará à explícita rejeição do Deus da Bíblia também nos foruns internacionais: “Os reis da Terra levantam-se, e os principes, e juntos manifestam-se contra o Senhor e contra o Seu Ungido, dizendo: ‘Rompamos as suas ataduras e sacudemos de nós as Suas cordas’(Salmo 2:2-3). Êsta é a declaração revolucionária mais maligna e mais perigosa que os seres humanos podem fazer. De acôrdo com o Salmo 11:3, êles actuarão e destruirão as fundações da civilização cristã. Portanto, esta revolução torna-se violenta e conduz à perseguição dos cristãos – (Apocalipse 6:9-11; 17:6; 20:4). Por fim, a humanidde cega estará tão completamente possuída pelo espírito demónico da revolulção contra Cristo, (o Ungido de Deus), que se juntará ao Anticristo na sua marcha contra Jerusalém para lutar contra Jesus Cristo, quando Êle regressar à Terra depois do período de sete anos da tribulação, para julgar as nações rebeldes (Apocalipse 16:13-14; 19:19; Mateus 24:29-30).
Enquanto que o mundo ocidental se torna moralmente e espiritualmente mais depravado, devido à sua revolução contra Deus, e está a perder a sua motivação para manter valores positivos, para outros revolucionários da sociedade está a tornar-se mais fácil explorar esta posição enfraquecida, e semear o caos. Até Israel, com o seu poder militar e desejo de sobreviver, está espiritualmente e moralmente fraco, porque, como nação, aínda rejeita o Messias. Está com as costas contra a parede, e os seus dirigentes estão agora a oferecer ao inimigo partes do seu território, num esfôrço fútil para comprar a paz. E, neste processo, o Islão estabelece-se cada vez mais em Israel. Esta marcha para a vitória também se verifica noutras partes do mundo.
No seu livro “Eurábia”, a historiadora Bat Ye’or afirma que o carácter cristão da Europa está a desaparecer ràpidamente, para dar lugar a uma cultura árabe-islamita – daí a referência à Europa do Futuro como Eurábia. Ela diz que a sua abdicacão cultural e a sua reconciliação com o Islão, começaram na Europa há 30 anos, com o fim de conseguir ganhos políticos e económicos a curto prazo. Diz ela: “A Europa evoluiu de uma civilização Judeo-cristã com importanates elementos seculares, para Eurábia: Uma sociedade de transição secular-islamita, com os seus princípios judeo-cristãos tradicionais a desaparecer ràpidamente.”
A proposta constituição da União Europeia (EU) é um documento secular sem qualquer referência a Deus ou à tradição cristã europeia. O estado islâmico da Turquia está presentemente a negociar a sua admissão na EU, e exprimiu satisfação pela ausência de quaisquer valores cristãos naquele documento. Isso abre o caminho para os estados islâmicos se tornarem membos reais da EU, pois todas a religiões são, implìcitamente, tratadas da mesma maneira. A EU também pensa sèriamente permitir aos estados árabes productores de petróleo serem membros, de forma a apoiar os seus interesses económicos.
Num artigo de primeira página intitulado “Os militantes da Europa pedem abertamente uma jihad para o estabelecimento de contrôlo islamita”, o New York Times fez revisão à expansão do islamismo na Europa, mencionando que esta religião está bem estabelecida na Grã Bretanha, França e Alemanha, e que está também a penetrar paízes como a Holanda e a Suiça. Um clérigo (Iman) na Europa foi citado como tendo dito: “Aplicai a vontade do Islão às comunidades apóstatas do Ocidente”.
Os recentes tumultos ocorridos na França limitaram-se virtualmente a bairros islamitas e, embora os problemas dos jóvens tenham sido de natureza social e económica, (desemprêgo, pobreza e má integração na sociedade francesa), as suas acções revolucionárias foram incitadas pela propaganda islamita. Os jóvens islamitas do Norte de África e paízes do Médio Oriente incendiaram prédios em cinco cidades francesas. Foi destruida uma quantidade de ónibos e mais de 1000 automóveis.A arma principal dos arruaceiros foram bombas incendiárias, conhecidas por Molotov Cocktails.
Daniel Pipes, director do Middle East Forum, pensa que os tumultos em França são um microcosmo do maior alvo radical islamita de conseguir uma base sólida na Europa. Os tumultos franceses já alastraram à Alemanha, onde também existe grande número de imigrantes islamitas, especialmente turcos. Há também grandes populações islamitas na Inglaterra, Espanha, Holanda, Dinamarca e Suécia. Nestes dois últimos paízes, bandos armados ou com pedras, atacam regularmente a polícia, quando as áreas residenciais dominadas pelos islamitas são patrulhadas.O govêrno holandês já identificou 15 grupos terroristas islamitas, que planeiam castigar a Holanda por manter a sua fôrça militar de paz no Iraque.
Na Austrália existe um aumento semelhante dos poderes revolucionários. No sábado de 5 de Novembro de 2005 foi distribuido um panfleto inflamatório durante um grande festival islamita em Melbourne. Dizia êle: “Que os islamitas rejeitavam fortemente os dirigentes malignos e corruptos que o Ocidente nomeou para os reger, e que estavam a preparar-se para os deitar nos caixotes do lixo da história”. O profeta também diz que os islamitas do estrangeiro resistiram heròicamente a invasões e infligiram a mais humilhante lição às supostas super-potências.
Mas a situação mais explosiva continua no Médio Oriente. Na última sexta feira do Ramadan, o presidente do Irão fez uma proclamação dizendo que Israel devia ser abolido do mapa. Êle é o terceiro presidente do Irão revolucionário depois do Ayatollah Khomeini, a sugerir a total destruição do estado judaico. Entretanto, o Irão continua a desenvolver a sua tecnologia nuclear, o que quer dizer que dentro em breve poderá levar a cabo as suas ameaças. Êles opõem-se também fanàticamente aos Estados Unidos e à Grã Bretanha.
O mundo encontra-se numa situação terrível. O uso da violência constitui um circulo vicioso que leva sempre a mais violência. Por último, os perpretadores da violência, acabam êles próprios vítimas da violência. A Bíblia diz: “Aquele que leva ao cativeiro irá para o cativeiro; aquele que mata com a espada deve morrer pela espada” (Apocalipse 13:10). Se as nações rebeldes do mundo pensam poder levantar-se contra Deus, ao rejeitarem abertamente a Sua autoridade nos seus paízes, não se devem surpreender se Deus os entregar a grupos revolucionários que lhes farão o mesmo. E é isto exactamente o que está a acontecer hoje em dia.
Os governos fracos, sem princípios e liberais do Ocidente, não possuem a convicção ou disposição de espírito para garantir a pureza das suas nações, ou controlar movimentos radicais étnicos ou religiosos. Em primeiro lugar êles devem pôr em ordem as suas próprias casas, para, a partir de uma posição de poder e unidade cultural, poderem oferecer resistência significativa às graves ameaças aos seus paízes. Se tiverem já abandonado a sua consciência nacional e patriotismo e a sua antiga fé cristã, possuem apenas reinos divididos construidos sôbre a areia. E nêsse caso, é mínima a probabilidade de sobreviverem à ”tsunami” islâmica do Oriente e de se manterem intactos.
As revoluções do passado e do presente tiveram efeitos devastadores nas nações do mundo, e assim as probabilidades são poucas que venham a adoptar uma orientção bíblica, cultural e religiosa. Muitas nações, particularmente no Médio Oriente, foram fundamentalmente abaladas pelas revoluções islâmicas, a ponto de serem incapazes de pensar num paradigma diferente – todas elas têm uma aversão profundamente arreigada contra o Cristianismo e Judaísmo. No antigo e presente mundo comunista, o sentido religioso do povo foi virtualmente destruído pelas revoluções marxistas. No Ocidente, a revolução francesa com o seu credo de liberdade, igualdade e fraternidade, desempenhou um grande papel na “libertação”do povo das amarras da cultura e da religião. Seguiram-se-lhe o materialismo e o humanismo secular, que se opoeem igualmente à verdadeirara religião. Os nàzistas também rejeitaram uma religião bíblica. As religiões místicas do Oriente contribuiram em larga escala para a supressão do pensamento racional entre a população. Todas as revoluções do mundo foram dirigidas também contra Deus, a Sua Palavra, a Sua autoridade e o Seu plano para as nações. Elas desejam quebrar as Suas limitações, de forma a poderem estabelecer uma nova ordem, em que toda a gente, de acôrdo com Apocalipse 13:3-4, será livre para fazer o que lhe apetecer, até mesmo adorar o diabo e o Anticristo. A anarquia e a apostasia são os objectivos finais de todas as revoluções. E, para que tal situação prevaleça, comprometem-se a derrubar a suprema autoridade de Deus, de Seu Filho, do Seu Espírito Santo e da Sua Palavra.
É evidente na Bíblia, que o diabo é o grande cérebro por tràs de todas as formas de decepção, e o principal instigdor daqueles que organizam revoluções contra Deus. Êle enganou os nossos primeiros pais no Jardim do Éden, levando-os a agir contra as claras instruções de Deus semeando a semente da desobediência e da rebelião nos seus corações. Adão e Eva cederam às tentações do diabo, tornando-se assim pecadores e ficando com as mentes espiritualmente na escuridão e moralmente pervertidos. Todos os seus descendentes herdaram a sua natureza pecadora (Romanos 5:12), o que explica o facto de todos os seres humanos nascerem pecadores, com uma tendência natural para o mal.
Há apenas uma solução verdadeiramente efectiva e duradoura para o problema do pecado, mentiras religiosas e rebelião contra Deus, e ela é a natureza justa e recta que só o segundo Adão, Jesus Cristo, pode imputar aos pecadores arrependidos: “Porque, se pela ofensa de um, a morte reinou por causa de um (Adão), muito mais aqueles que recebem abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um – Jesus Cristo” (Romanos 5:17; veja-se também Efésios 4:22-24).
Enquanto Jesus não tiver levado vida e a luz da Sua presença ao coração de um pessoa, a morte e a escuridão reinam nessa pessoa. Apenas a mensagem do evangelho pode mudar os corações e vidas dos pecadores. Independentemente de persuasões religiosas, ideologias políticas ou condições económicas, todas as nações espiritualmente enganadas do mundo vão juntar fôrças na nova ordem mundial anti-cristã emergente, para lutar contra Jesus Cristo. Quer se trate de cristãos nominais, muçulmanos, budistas, hindus, adoradores dos antepassdos, ateístas, nàzistas, comunistas, capitalistas, humanistas seculares ou outros do género, enganados, ao rejeitarem e lutarem contra Jesus Cristo, mostram-se convictos inimigos de Deus. A sua conduta conjunta contra o Deus Triune, constitui a epítome da revolução mundial.
É trágico, terem-se os dirigentes mundiais tornado tão cegos, que pensam que as revoluções, possuidoras todas de uma forte dimensão de rebelião contra Deus, podem ser controladas por meios militares, pela propaganda política e pela riqueza que o capitalismo pode trazer. O facto é que, o mais rico paíz produtor de petróleo do mndo, a Arábia Saudita, é também o maior financiador da propaganda islamita do Ocidente. Assim, ao fazer os seus inimigos ricos, fornecendo-lhes tecnologias sofisticadas, o Ocidente está a vender-lhes a corda com a qual em breve será enforcado.
À excepção de uns poucos, o Ocidente perdeu a sua antiga lealdade cristã. O desrespeito pela lei abunda agora, arrefecendo o coração de muitos (Mateus 24:12). O resultado final desta apostasia, é um afastamento geral da verdadeira fé (1 Timóteo 4:1), que aponta para o Cristianismo nominal emergente do século 21. Os “cristãos” nominais não possuem um testemunho claro da salvação, nenhuma dedicação à santificação, nenhum respeito por Jesus Cristo e nenhuma obediência aos valores e normas cristãs. Desviaram-se tanto da verdade, que, na realidde, encontram-se em rebelião contra Deus.
A arrogância e egoismo do homem moderno são fértil terreno para a rebelião contra todas as ideologias, religiões e sistemas de valores que não lhe agradam. Quanto mais centrado no homem (humanista), o mundo se torna, maior é a probabilidade de ocorrerem modernas revoluções em que a violência é livremente utilizada para levar a cabo os objectivos dos povos (Tiago 4:1). Abençoados aqueles que compreendem que há um caminho divino de vitória espiritual em Jesus Cristo, que voga alto acima do mundo doente e cheio de problemas dos nossos dias.