Está-se a registar um vasto ressurgimento da Meditação oriental, entre os Cristãos nominais do Ocidente. Em muitas igrejas e noutros centros Cristãos, a oração está a ser substituida cada vez mais pela meditação, que é também chamada contemplação, oração centralizadora ou oração silenciosa. A meditação é muitas vezes acompanhada por exercícios calmantes de Yoga e respiração calmante, de forma a promover uma mudança da actividade mental do cérebro esquerdo racional, para o cérebro direito intuitivo.
O objectivo básico da meditação – quer seja a Meditação Transcendental de base Hindu (TM), Budista, Islâmica ou meditação “Christã” – é conseguir uma situação de calma completa no corpo, alma e espírito, de forma a eliminar a tensão e a facilitar o contacto com níveis mais profundos e criadores na consciência de uma pessoa. O pensamento racional é suprimido e desligado voluntàriamente e a pessoa transcende a esferas místicas para estabelecer contacto com o eu mais profundo. De acôrdo com Naomi Humphrey (Meditação – o caminho interior), a meditação ajuda uma pessoa a libertar-se da escravidão espiritual e mental e também do mêdo, de modo a levar a uma nova percepção da realidade. O resultado é um modo de vida holístico em que o espírito e a matéria se integram.
A meditação é dirigida ao interior. Não se está à procura de um Deus que está fóra de nós, mas a aprender a vencer a barreira do domínio dos pensamentos humanos, para descobrir Deus fundo dentro de nós. Isto é uma prática oriental dirigida à auto-deificação. Um padre católico romano praticante da meditação, Adrian B. Smith, diz no seu livro TM-Um auxílio para o crescimento cristão, que aceita êste conceito oriental de Deus: “As grandes religiões do Léste estão mais habituadas a procurar o Deus que está dentro, tanto no cosmos como no Íntimo de cada pessoa. E isto conduz mais fàcilmente a uma forma de oração interior – ou oração centralizadora… A tradição judeo-cristã olha mais para o Deus exterior… A TM pode, ao desenvolver uma consciência da profundidade existente dentro de nós, conduzir a uma maior interioridade – a uma experiência da presença de Deus fundo dentro de nós”. De acôrdo com com êle, a meditação leva também a uma maior união e harmonia no mundo: “As pessoas que são iluminadas experimentam uma nova harmonia com outras pessoas e com o mundo cósmico. Elas entram numa nova era de relações harmoniosas, que constitui um dos frutos do Reino”.
Durante a meditação diária – usualmente duas sessões de 20 minutos cada na posição de sentado e de olhos fechados – utiliza-se uma mantra para obter um estado diferente de consciência. Uma mantra é uma frase curta ou simples palavra, que é repetida vez após vez, até os pensamentos racionais da pessoa serem levados ao repouso de forma a permitirem uma profunda consciência espiritual. A mantra é repetida até que os pensmentos da pessoa se esfumam, sendo substituidos por uma experiência mística em que se recebem sugestões inspiradoras (ondas cerebrais) e pensamentos de origem desconhecida.
Esta oração é outra designação para a contemplação mística e meditação. Através do uso de uma mantra, uma pessoa desce até ao centro do seu íntimo, onde uma experiência mística de deus como fonte universal de energia e sabedoria a espera. Uma mantra é uma simples palavra ou curta oração, que é repetida até à exclusão de todos os outros pensamentos. A oração cristã, pelo contrário, dirige-se a um Deus pessoal, que transcende infinitamente a Sua criação.
Na filosofia monística oriental, afirma-se que tudo é um, e Deus é considerado como parte da Sua criação. Deus é uma dimensão embóra escondida, da mesma realidade de que o homem é parte. A finalidade da oração centralizadora é penetrar a camada exterior da realidade, para entrar em contcto com o seu profundo âmago mistico, onde deus pode ser reconhecido como o eu mais profundo ou deus interior. Com o uso da mantra, uma pessoa esvasia a mente expulsando a realidade reconhecida pelos sentidos e penetra o centro do seu ser.
As orações dêste tipo são normalmente praticadas durante 20 minutos de manhã e à noite. A pessoa escolhe uma palavra sagrada, e tenta ignorar todos os pensamentos e sentimentos, deixando-os passar como botes descendo um rio. Quando os pensamentos continuam a voltar-lhe à cabeça, a pessoa volta por sua vez à palavra sagrada. A ideia é continuar com êste exercício até todos os sentimentos e pensamentos terem desaparecido por completo. Os pensamentos desaparecerão, se esperarmos o tempo suficiente, e então, alegadamente, a pessoa entrará num estado de pura consciência ou vasio mental. O processo mental é suspenso, e a pessoa terá uma mente aberta e um coração aberto. A ideia é ir ao centro do nosso ser, para encontrar o verdadeiro eu. Diz-se que êste processo destrói o falso eu, que é o resultado da bagagem emocional que carregamos.
O diferente estado de consciência que a pessoa então experimenta, pode também ser descrito como uma forma de hipnose. A pessoa transforma-se numa espécie de fraca mental, sem pensamentos sóbrios ou discernimento. Fica receptiva e aberta a quaisquer influências espirituais ou sugestões – provenientes também de demónios. De facto, o diabo usa oportunidades desta natureza para influenciar pessoas, e instilar ideias erradas nos seus corações e mentes. Deus não lida com pessoas nêste estado mental, pois espera que elas tomem decisões calculadas a que se agarrem conscientemen-pela fé.
Na oração centralizadora, uma pessoa lida com um deus impessoal, que é inerentemente parte da criação, e portanto também do íntimo do ser humano. Tal deus é contactado apenas mìsticamente, pois a comunicação com êle nunca toma a forma de uma conversa. O deus místico das esferas cósmicas deixa apenas certas impressões e sugestões fundo no íntimo daqueles em transe de meditação, e tais pensamentos são sempre contrários à Bíblia. Exemplos de tais pensamentos são por exemplo que tudo é um, que devemos co-existir pacificamente e em harmonia espiritual com as pessoas de todas as religiões, que há vários caminhos para chegar a Deus, que os Cristãos, os Hindus e os Muçulmanos adoram todos o mesmo Deus, e que os seres humanos devem curar-se si mesmos.
Há maneiras de conduzir vastos grupos à auto-hipnose através da oração centralizadora. Numa certa conferência carismática, o orador conduziu toda a assistênncia à oração centralizadora sem qualquer escolha ou explicação, usando uma técnica hipnótica típica: “Imaginai que estais num elevador. Começais a descer a descer dentro de vós. O andar 21, o andar 20”, etc. No processo de descer, todos os pensamentos relacionados com o mundo exterior são excluidos, até as pessoas encontrarem deus no silêncio místico do seu íntimo.
Há também escolas “Cristãs” enganadas, que fazem uso de mantras para induzir estados alterados de consciência em crianças. Até mesmo orações curtas a Jesus são repetidas contìnuamente, sem dar atenção ao significado das palavras. A ideia que as crianças encontram favor aos olhos de Deus e que Êle lhes falará ao coração, é assim instilada nelas. Desta maneira, as crianças abrem as suas mentes a vozes e sugestões estranhas e, conse- quentemente, abrem-se também a influências demónicas.
Várias crianças destas escolas encontraram sérios problemas em resultado da oração centralizadora. Algumas delas contaram aos pais o que “Jesus” lhes disse quando estavam em meditação, mas o que elas tinham ouvido não eram verdadeiras afirmações bíblicas. Num dos casos, uma rapariga foi vítima de um complexo de mêdo, e receava dormir sòzinha no seu quarto. Ela via criaturas estranhas quando fechava os olhos para dormir e havia ocasiões em que uma dessas criaturas se ria dela. E isto acontecia depois de ter praticado a oração centralizadora antes de ir para a cama. Tinha de ser libertada destas influências malignas.
As gargalhadas são típicas dos espíritos malignos. Tais espíritos apoquentam uma pessoa enquanto tentam controlá-la. E só depois de terem sido aceites por essa pessoa começam o seu domínio, induzindo-a a cometer actos imorais e a rebelar-se contra os pais, professores e outras pessoas de autoridade.
Está a tonar-se cada vez mais óbvio, que o misticismo é uma das áreas mais importantes em que as diferentes religiões do mundo estão de acôrdo, para fomentar laços de uma maior unificação. A meditação é uma grande porta que oferece acesso ao mundo místico. Em primeiro lugar, torna possível a transição do cérebro esquerdo racional para o cérebro direito intuitivo, e depois permite que uma pessoa desça através de vários níveis de consciência, até atingir a experiência da consciência cósmica. E é a êste nível que se descobre que todas as religiões adoram o mesmo Deus, que é a Fonte Universal da Sabedoria.
A doutora Célia Kourie, teóloga Católica Romana da Universidade da África do Sul, também propaga fortemente a ideia do misticismo. Diz ela: “O misticismo é um fenómeno muito profundo que tóca todas as religiões. Foi negligenciado em resultado da aridez que entrou nas igrejas reformadas”. Ela acredita que todas as religiões oferecem experiências místicas de união com Deus, e que o Espírito do particular deus opera através de todas as fés.
O escritor da Nova Era Dick Sutphen (Encontrar dentro as respostas, p.45-47) refere-se a espíritos bons e espíritos maus que podem influenciar uma pessoa durante a meditação. A psicóloga humanista e mística Marilee Zdenek (A experiência do cérebro direito, p.20) afirma que, na sua consciência intuitiva, as pessoas podem ser guiadas por deusas da fortuna, ou podem ser afligidas por dragões. Ela avisa-nos contra a última destas coisas, mas recomenda fortemente a primeira. No entanto, ambas estas categorias de entes espirituais são inaceitáveis para os Cristãos. Uma deusa da fortuna ou um espírito-guia, não passam de demónios que se disfarçam de mensageiros de Deus (2 Coríntios 11:14).
Está a notar-se presentemente no meio das igrejas “Cristãs” um processo mundial de complacência religiosa para com o Oriente. Rom Comer, no seu prefácio ao livro de Ray Yungen, A hora da partida diz: “Os Cristãos confessos, ao usarem técnicas místicas orientais como a repetição de palavras (mantras) e o esvasiamento da mente, estão a dar testemunho de poderosas experiências nos campos espirituais. Nos circulos Cristãos, estas técnicas são chamadas: silêncio, oração respirada, oração centralizadora ou oração contemplativa. Através destas práticas místicas de oração, a igreja de hoje abriu as portas a um abandono subtil do evangelho… Como dois rios que se juntam, o pensamento religioso oriental e ocidental estão também a juntar-se, ganhando dessa maneira impulso a caminho de uma religião mundial em que todos os caminhos conduzem a Deus”.
No seu livro, Ray Yungen explica aínda êste conceito: “Por muitos anos, durante as minhas pesquizas, encontrava-me perante a expresssão oração contemplativa. Imediatamente a punha de lado, como tendo qualquer ligação com a Nova Era, pois julgava que queria dizer pensar enquanto se ora – o que é o significado que normalmente se associa à expressão. Mas, no campo da Nova Era, para o ouvido inexperiente as coisas podem não ser sempre como parecem. O que de facto oração contemplativa significa, é claramente descrito por William Johnston no seu livro: Cartas aos contemplativos: “Quando uma pessoa penetra as camadas mais profundas da oração contemplativa, mais tarde ou mais cêdo essa pessoa encontra o vácuo, o vasio, o nada, o profundo silênccio místico, uma ausência de pensamento”. Para meu desgosto, descobri que êste silêncio místico é obtido pelos mesmos métodos usados pelos adeptos da Nova Era para conseguirem o seu silêncio – a mantra e a respiração! Oração contemplativa é a repetição do que chamam palavra de oração ou palavra sagrada até que a pessoa atinge um estado em que a alma e não a mente, contempla Deus… A oração contemplativa pode parecer exótica e atraente, mas é bìblicamente sem fundmento… As pessoas que usam este método colocam-se em transe sem a aprovação de Deus. Este caminho é extremamente perigoso. Em parte alguma da Bíblia se prescreve tal prática mística… Em parte alguma da Bíblia se descreve o silêncio como o poder de Deus, mas a fé na mensagem da cruz com toda a certeza! (1 Coríntios 1:18).
A Igreja Católica Romana aprova oficialmente a oração contemplativa. Ray Yungen diz: “O novo catequismo (da Igreja Católica) declara firmemente: ‘Oração contemplativa é ouvir a palavra de Deus… oração contemplativa é silêncio.’ Portanto, os membros da igreja não têm que estudar a Bíblia para conhecer a vontde de Deus, uma vez que podem confiar nos pensamentos místicos que ocorrem durante os transes de meditação. Desta maneira, o deus desta idade (Satanás) cega as mentes das pessoas, levando-as ao silêncio, “para que a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus não brilhe nelas” (2 Coríntios 4:4). Uma pessoa cuja mente foi silenciada e portanto cega pelo diabo, não tem (Efésios 1:18) os olhos iluminados pela compreensão, e por consequência não utiliza o seu senso comum para conhecer a vontade de Deus lendo ou escutando a Sua Palavra.
Essa pessoa elimina a sua mente e a Bíblia no seu processo de estudo, voltando-se para a meditação para contactar um deus nêgro e desconhecido que a vai ensinar por meio da psiquiatria de ondas cerebrais. As pessoas que meditam passam frequentemente por intensas experiências místicas, vendo até luzes a aproximarem-se de si. Ray Yungen diz o seguinte do padre católico Philip St. Romain: “Tendo rejeitado as orações mentais como improdutivas, entregou-se ao tipo de oração que desliga a mente, criando o que êle próprio descreveu como passividade mental. O que encontrou a seguir confirma a minha preocupação com grande clareza: ‘Depois vieram as luzes! As ondulações douradas que eu já tinha notado ocasionalmente, começaram a ser mais intensas, transformando-se em desenhos que me intrigaram e me cativaram. Havia sempre quatro ou cinco deles; quando um se desvanecia, logo aparecia outro mesmo mais brilhante e mais intenso. Chegavam até mim através de completa passividade e só depois de eu ter estado em silêncio por algum tempo’. Depois disto St. Romain começou a sentir que frases sábias chegavam à sua mente. E tinha também sensações físicas durante os períodos passados em silêncio e sentia picadinhas no tôpo da cabeça… E confessou: ‘Não posso tomar qualquer decisão por mim próprio sem a aprovação do meu conselheiro ínterior, cuja voz me fala com tanta clareza quando necessito. Tenho a sensação distinta de uma espécie de ôlho interior que vê com os meus próprios olhos.’ Será êste conselheiro interior que St. Romain contactou realmente Deus? …Esta prática já se espalhou extensivamente pelas principais igrejas Católicas Romanas e Protestantes”.
Já se encontrou também evidência, que as pessoas que passam por experiências religiosas místicas, eventualmente desenvolvem um conceito panteístico de Deus. E isso não é a crença num Deus pessoal no céu, mas num deus impessoal que está em toda a parte e em todas as coisas. De acôrdo com êste ponto de vista, existe um elemento de divindade em cada pessoa, e êste “deus de dentro” tem de ser descoberto e desenvolvido por meio da meditação. Yungen diz: “Numa votação recente, foi revelado que 84% das pessoas contactadas nos USA acreditam que Deus está em toda a parte e em todas as coisas em vez de ser alguem algures. Isto quere dizer, que o panteísmo é hoje em dia o mais popular conceito de Deus. Se assim é, então uma alta percentagem dos Cristãos evangélicos da América já se inclina para uma visão panteísta de Deus e, sem se aperceber, desvaloloriza a própria fonte da sua salvação”.
A pergunta importante a que se deve responder é se a meditação, que também é descrita como contemplação (pensamentos místicos em silêncio sôbre Deus) pode, do ponto de vista bíblico, ser considerada legítima forma de oração. Existe alguma relação entre as orações bíblicas e a meditação tipo oriental? E que significado atribui a Bíblia à palavra meditação?
Orações bíblicas. As orações bíblicas são pensamentos espirituais, desejos e petições clara- mente expressas por palavras. A mente racional da pessoa que ora não deve encocntrar-se num estado passivo, pois a verdadeira oração exige um nível de consciêncialização activo e sóbrio, em que se elevam a Deus palavras cuidadosamente escolhidas. Nesta oração não se trata de uma vã repetição de palavras (mantras) ou pensamentos místicos estranhos à Bíblia. O Senhor Jesus fdiz: “Mas quando orardes, não useis vãs repetições como fazem os sem-Deus” (Mateus 6:7).
A oração é um acto de fé (Tiago 1:6; Hebreus 11:6). Não é, como o Dr.Anthonissen afirma, que a fé não é capaz de explicar todas as coisas e que portanto temos de confiar em místicas revelações de Deus. A fé vem ao escutarmos a Palavra de Deus (Romanos 10:17). Quando escutamos ou lemos a Palavra de Deus, o Espírito Santo torna-nos possí-vel apropriarmo-nos das promessas da Bíblia pela fé. A compreensão sensata da Palavra requere de nós sentidos sãos e sóbrios. Então podemos reagir espiritualmente à informação recebida, aproximando-nos de Deus pela oração e aceitando as Suas promessas pela fé.
Meditar na Palavra. A Bíblia não equipara a oração com a meditação mística, mas explica a meditação de uma maneira completamente diferente, como a sóbria e consciente contemplação da Palavra de Deus (Salmo 1:2). Momentos sossegados de meditação não são portanto orações sem palavras, mas sim a contemplação da Palavra de Deus. É a cooperação entre a mente e a fé do crente, em que as Escrituras são cuidadosamente consideradas, exminadas e investigadas. Definitivamente não se trata de uma actividade em que temos de desligar a mente e não pensar em nada. Antes de podermos meditar na Palavra, temos de primeiro obter dela informação lendo-a, compreendendo ao mesmo temepo que apenas o Espírito Santo pode ajudar-nos a entender o que lemos: “Abre os meus olhos para que possa ver as coisas maravilhosas da Tua Lei” (Salmo 119:18). A descoberta destas verdades não nos deve levar a sessões de meditação mística mas sim a dar louvor e gratidão a Deus (Salmo 119:62). Devemos gravar na memória estas promessas e acreditar nelas (Salmo 119:33). Elas devem ser tamanha fonte de bênçãos, que a gente pensa nelas todo o dia e mesmo à noite (Salmo 119:97, 148; Salmo 1:2). Desta maneira sentiremos a presença do Senhor e seremos ensinados por Êle através do Espírito Santo (Salmo 119:135; João 16:13-14). Nesta experiência espiritual, o estudo bíblico, a meditação na Palavra, a oração e a fé no Senhor Jesus que cumpre estas promessas (1 Coríntios 1:20) desempenham um papel vital. O silêncio não é a lingua-mãe de Deus, pois Êle usa palavras para comunicar connosco: “As palavras que eu vos falo são espírito, e são vida” (João 6:63). Deus é exaltado muito acima dos seres humanos mas, através da Sua Palavra e do Seu Espírito, fala com os nossos corações. A meditação oriental, que também se disfarça como ‘meditação Cristã’, é uma viagem interior em que as pessoas se esvasiam de todos os pensamentos, procurando Deus sem o uso de quaisquer palavras, e negando dessa maneira também a própria Palavra de Deus. Isso é uma prática dos ateus, que deve ser totalmente rejeitada.
A glória de Deus. Quando nos dirigimos ao Pai em oração através de Jesus Cristo, Êle revela-se-nos em toda a Sua Glória. No Senhor Jesus reside corpòriamente toda a plenitude da Divindade (Colossenses 2:9). Embora Deus seja impenetrável, não há n’Êle qualidade alguma escura e misteriosa, como acontece com algumas pessoas durante a meditação. Essas pessoas até recebem pensamentos maus ao esvasiarem as suas mentes não pensando em nada, o que constitui prova clara do facto que a meditação oriental abre portas pelas quais demónios podem entrar. Êles disfarçam-se de anjos da luz, mas as pessoas que meditam não têm discernimento quando estão num estado alterado de consciência. A sua mente racional foi desligada, do que resulta a total incapacidade de pensar analìticamente e de verificar qualquer pensamento à luz do seu conhecimento das Escrituras, sob a orientação do Espírito Santo. Essas pessoas expõem-se a impressões e ideias que podem ter resultados desastrosos para a sua vida espiritual, pois a meditação leva usualmente a um amor cego por todas as pessoas de todas as convicções religiosas. Esta disposição de espírito encoraja a adesão a laços ecuménicos multi-religiosos, o que na prática equivale è negação de Jesus Cristo como único Salvador da humanidade. E então, os seres humanos glorificam-se a si próprios.
A meditação é uma forma de auto-libertação anti-cristã. Durante a meditação, uma pessoa desce a níveis mais profundos de consciência, onde descobre poderes psíquicos e dons espirituais para se curar e resolver os seus problemaas. A pessoa encontra ”o deus interior”, que é erradamente considerado o Deus da Bíblia. É êste “deus” que é escuro e misterioso e pode deixar impressões malévolas no sub-consciente da pessoa. Êste “deus” é o diabo, que opera através da natureza caída dos seres humanos e se apresenta como Deus. Mesmo que êste “deus” dentro da pessoa pretenda ser Jesus, êle não passa do “outro Jesus” de (2 Coríntios 11:4) que se manifesta de maneira mística. Êle pode revelar-se como o Jesus cósmico de todas as religiões e oferecer as suas bênçãos a todos que possuem uma mente ecuménica.
A meditação promove a união entre todos os povos e todas as fés. A percepção de uma humanidade cósmica unificada não é biblica. O Senhor determinou a existência de fronteiras entre as nações (Actos 17:26) e espera também de nós que vivamos vidas santas em que nos separamos de todas as outras religiões (2 Coríntios 6:14-18). Quando removemos os limites entre as nações, dados por Deus, para promovermos uma nova ordem mundial, e nos envolvemos também em laços ecuménicos com todas as igrejas e religiões, estamos a seguir uma forma hamanística de união. Isso pode apenas conduzir ao cáos e à continuação da subversão do Cristianismo evangélico. O conformismo com o presente mundo vil deve ser combatido (Galatas 1:4). O mundo é hostil para com os Cristãos evangélicos (João 15:9), porque o mundo e as suas instituições estão sob a influência do diabo (1 João 5:19). Não admira que o mundo não-salvo e todas as suas religiões possuam também maneiras de oração e adoração estranhas ao verdadeiro Cristianismo.
Rejeitemos todas as manifestações e práticas místicas! Adoremos a Deus através do Espírito Santo em nome de Jesus Cristo, vivendo uma vida santa perante Êle (1 João 3:22); que os nossos pensamentos sejam sóbrios, cingindo os lombos do nosso entendimento (1 Pedro 1:13); aceitemos responsabilidade perante Deus, por tudo quanto fazemos e pensamos (Romanos 14:12; Mateus 12:36) e oremos orações de acôrdo com a Sua santa vontade (1 João 5:14).
Brian Flynn, director de Ministérios Uma Verdade, de Minneapolis diz: “Há onze anos abandonei a vida de médio da Nova Era e dei o meu coração a Jesus Cristo. Como médio, eu fazia leituras psíquicas e, através da meditação contactava espíritos-guias. Nessa altura, não compreendia que tais guias eram demónicos. Agora, como Cristão, já não tenho de entoar cânticos, entrar em estados alterados de consciência, ou partilhar em rituais, para encontrar a paz e a verdade que encontrei aravés do Senhor e da Sua Palavra. Há três anos li um livro intitulado A Hora da Partida, em que se afirmava que muitos dirigentes Cristãos andavam a ensinar uma técnica de meditação com mantras. Podeis imaginar o meu choque, quando descobri que a Nova Era tinha infiltrado o Cristianismo por meio daquela técnica, uma prática chamada oração contemplativa. Tal técnica inclui a repetição de uma palavra ou frase contìnuamente até se atingir o que chamam o silêncio. Às vezes, em vez de uma palavra ou frase, atenta-se na respiração, donde provém o nome de oração respirada. Qual o fim? Atingir um estado alterado de consciência para comunicar com Deus.
“Contemplar a Palavra de Deus é bom. Mas a oração contemplativa de que estou a falar não é. Praticada ao princípio por monges há séculos, desapareceu e não apareceu de novo até aos anos de 1960, quando os monges Católicos Thomas Keating e Thomas Merton decidiram introduzir a prática no Cristianismo. Richard Foster, adepto da oração contemplativa, faz um aviso interessante àcerca de tal prática no seu livro Oração: Encontrar a verdadeira morada do coração. ‘Eu também desejo dar uma palavra de precaução. Na contemplação silenciosa de Deus, estamos a penetrar fundo no domínio espiritual e a chamada orientação sobrenatural existe… Embora a Bíblia não nos dê muita informação a tal respeito, o facto é que há várias ordens de entes espirituais, e alguns deles definitivamente que não estão de harmonia com Deus e o seu caminho!… Mas, por agora, quero encorajar-vos a aprender e a praticar orações de protecção.’ Então, porque o fazemos Senhor Foster? Porque motivo iria Deus colocar-me na posição de me guiar a mim próprio neste reino espiritual desconhecido, rodeado de entes espirituais que não estão de harmonia com Deus e o seu caminho? Êle não o faria.
“O calcanhar de Aquiles para o Senhor Foster, é que não existe apôio nas Escrituras para a oração contemplativa além dêste aviso: ‘E quando orardes, não useis vãs repetições, como fazem os ateus. Pois êles pensam que vão ser ouvidos por causa de muitas palavras. Portanto, não sejais como êles. Porque o vosso Pai sabe das coisas que necessitais antes de lhas pedirdes’ (Mateus 6:7-8).
“O que nos diriam os mártires da fé que abandonaram o Islamismo, o Hinduísmo ou o Budismo, se pudessem falar da nossa mistura do Cristianismo com as práticas místicas orientais? Na qualidade de antigo médio da Nova Era, eu conheço a diferença entre as práticas meditativas orientais e a oração Cristã bíblica. Infelizmente, há demasiados membros da comunidade Cristã que não conhecem” (Fim da referência ao autor).
Porque razão hão-de os crentes desejar abraçar práticas orientais de meditação, quando podem adorar Deus de uma maneira sóbria, alerta e bíblica, ao honrarem e obedecerem à Sua Palavra nos seus corações, para não pecarem contra Êle? (Salmo 119:11).