Há várias opiniões islâmicas diferentes sôbre a vinda do messias mundial, que os islamitas chaman o Iman Mahdi. Muitos islamitas estão à espera do reaparecimento de um antigo Iman, que unirá as várias facções da fé islâmica, destruirá todos os infiéis e estabelecerá o reinado mundial de Allah, de acôrdo com o Corão e com a lei islâmica Sharia. Mas existe também uma crescente escola de pensamento, que mantem que Jesus Cristo será o Messias mundial – não o Jesus da Bíblia, mas o distorcido Jesus do Corão, que menciona Jesus 97 vezes.
Estão a ser feitos esforços conjuntos, no sentido de definir Jesus em têrmos de conceitos islamitas, considerando-O assim como um dos grandes profetas do Islão. Estas ideias são espalhadas em vários livrinhos impressos em Riyadh, na Arábia Saudita, e distribuídos por vários centros de propaganda islâmica à volta do globo. Exemplos de tais livrinhos são: “Nós acreditamos em Jesus”, da autoria de Suliman H. Al-But’he, “Versos corânicos àcerca do Cristianismo” por Abdullah Al-Seed, “Um breve guia ilustrado para a compreensão do Islão”, por I.A. Ibrahim, e “Jesus está a para vir”, por A.H. Jacob.
No livrinho “Jesus está para vir”, A.H. Jacob rejeita a Bíblia como a infalível Palavra de Deus: “A Bíblia está distorcida, alterada e já não é o Livro de Deus…” (p.22). Consequentemente, as opiniões do Islão sôbre Jesus e o Anticristo derivam do Corão. Não olham Jesus como Deus nem como o Filho de Deus (p.20,21), e também refutam a descrição bíblica da Sua crucificação: “O que o Corão ensina é que Jesus Cristo não foi crucificado ou morto pelos judeus” (p.25). De acôrdo com tais ensinamentos, uma outra pessoa foi crucificada em seu lugar e sob o seu nome.
O autor diz o seguinte sôbre o Anticristo: “O Falso Messias será um homem jóvem de cabelo rude, e com um dos olhos saído… Êle virá da estrada entre a Síria e o Iraque e causará destruição e sangue à direita e à esquerda” (p.9).
Neste livrinho, o autor fala na maior parte sôbre a identidade, ensinamentos e segunda vinda de Jesus Cristo, como o grande precursor de Mohamed. Diz êle: “O Messias, filho de Maria, descerá à Terra em Damasco. Jesus Cristo procurará o Falso Messias (o Anticristo), apanhá-lo-á e matá-lo-á junto à porta de Lod, perto de Jerusalém” (p.10).
“Mohamed, o mensageiro de Deus, disse que certamente Jesus, filho de Maria, descerá em breve entre vós (islamitas) e governará e julgará a humanidade com justiça pela lei do Corão e da Sunna. Êle quebrará a cruz e proibirá a venda e o consumo de carne de porco…” (p.15).
“Jesus regressará como seguidor do último mensageiro de Deus, Mohammed, e reavivará a verdadeira religião de Deus, o Islão… Êle vai regressar para governar a humanidade com justiça, por meio da última e final mensagem dirigida à humanidade, o Santo Corão, bem assim como por meio da tradição do profeta Mohammed. Êle guiará a humanidade para o monoteísmo islâmico, para a adoração apenas de Deus e no seguimento dos passos do Seu último Mensageiro, Mohamed, avisando o povo das cosequências eternas do politeísmo (p.17,18).
“Jesus destruirá as doutrins falsas que correm em seu nome, como a crença que Deus é uma trindade, declarando que tal doutrina é politeísmo, a crença em muitos deuses. Êle frizará o facto que Deus é Um, Absoluto, e não uma união composta. Jesus não se verá como Deus numa relação pai-filho. Antes, êle verá o seu relacionamento com Deus um relacionamento mestre-escravo… Jesus negará ter qualquer dos atributos de Deus. Êle nunca proclamou ser Deus ou se referiu a si mesmo como filho de Deus. Êle foi apenas um profeta e grato escravo de Deus (p.20,21).
“Na sua segunda vinda, êle vai declarar ser um escravo de Deus, que segue o seu irmão o profeta Mohamed, o último mensageiro de Deus. Jesus orará da maneira correcta, como os islamitas fazem, obrará a caridade, jejuará durante o mês do Ramadan e obedecerá ao Hajj (a peregrinação a Meca) e à Umrah” (p.23).
“Jesus vai regressar para negar a falsa afirmação que os judeus o mataram e aos cristãos que, na ignorância, os acreditavam. Êle combaterá os judeus e matará o Falso Messias. Os judeus serão os soldados e seguidores do Falso Messias, e durante o seu tempo terão um govêrno muito poderoso até Jesus Cristo, filho de Maria descer. Êle procurará o Falso Messias, apanhá-lo-á e matá-lo-á. Então Jesus e os seus companheiros islamitas combaterão contra os judeus até alguns deles se esconderem entre as rochas…Êle matará também os cristãos que adorem a cruz. Depois disso, quando ambas as partes tiverem sido destruídas e o politeísmo e a descrença tiverem sido limpos da Terra, essa altura será a altura em que a paz e a tranquilidade prevalecerão entre os povos” (p.24).
O autor fala prolongadamente sôbre como é que Jesus na Sua segunda vinda vai proibir o consumo da carne de porco (p. 27-29). Diz êle: “Jesus vai proibir estritamente a venda, armazenagem e consumo da carne de porco como alimento. Vai mesmo mandar matar os porcos… Jesus amaldiçoa os que a comerem…No entando, a carne de porco é o prato favorito dos cristãos. Deus, o Exaltado, proibe comer carne de porco no seu último livro, o Corão (p.27).
Os muçulmanos dizem que Jesus viveu 33 anos na Terra, e que vai regressar para os restantes sete anos do seu ministério profético de 40 anos. Portanto, êles vão aceitar o Anticristo como “Jesus”!
Estas ideias sôbre o messias mundial, são aceites por muitos muçulmanos sunnis.
Cêrca de 86 por cento de todos os muçulmanos são Sunnis. Sunnah significa tradição, e refere-se ao facto que êste grupo segue uma série de tradições (os hadiths), que são obedecidas ao mesmo nível que o Corão. Êles reconhecem todos os kalifas que governam o mundo islamita como sucesssores de Mohamed, enquanto que os Shiites consideram os três primeiros kalifas como invasores, que usurparam a posição de Mohamed e cujos ensinamentos são também rejeitados. Existe uma grande inimizade entre os Sunnis e os Shiites. No Irão e no Iraque, existem grandes grupos de muçulmanos Shiite. O Irão é a maior base dêste grupo.
Há grande espectativa entre os Shiites, quanto à vinda do 12º Iman como messias mundial. O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, que ameçou apagar Israel do mapa, aceitou o papel de preparar o caminho para o Iman que está para vir. Tony Pearce, (Luz para os últimos dias,- Inverno de 2005) diz o seguinte sôbre êste ditador: “Ahmadinejad diz que a onda da revolução islamita vai em breve atingir o mundo inteiro. Êle acredita que o mundo está a caminho de uma luta de civilizações, em que o Islão constitui a única alternativa digna de crédito a opôr ao domínio ocidental. E está convencido que o Islão pode e vai ganhar a batalha.
“Não há nada no mundo mais perigoso que um fanático religioso que procura impor a sua ideia de justiça pela fôrça. Parte da convicção de Ahmadinejad deriva de acreditar na segunda vinda do 12º Iman. De acôrdo com a versão shiite do Islão, o 12º descendente de Mohamed, conhecido por 12º Iman ou Mahdi, escondeu-se em 941, há mais de mil anos. Os Shiite acreditam que êle vai reaparecer quando o mundo estiver cheio de opressão e tirania. Crêem também, que êle está escondido no pôço de Jamkaran, no Irão, um local de peregrinação para os crentes, que lançam no pôço os seus pedidos de ajuda, na esperança de que o Iman lerá os pedidos e virá em seu auxílio.
“Ahmadinejad disse ‘A missão principal da nossa revolução é abrir caminho para o reaparecimento do 12º Iman, o Mahdi… O seu govêrno realizou uma reunião oficial do gabinete, em que se concordou assinar um acôrdo com o 12ºIman…Um grande número de aliados amigos de Ahmadinejad está a falar em preparar o terreno para a iminente manifestação do Iman escondido, e refere-se séria e explìcitamente ao programa nuclear do Irão… Argumentam que devem ajudar a espalhar o mal, a tirania e a opressão, de modo a facilitar a vinda do 12º Iman.”
Os Shiites acreditam que o Iman Mahdi reinará na Terra por sete anos, antes de levar a cabo um julgamento final e o fim do mundo. O govêrno de Ahmadinejad já decidiu assinar um acôrdo com êle. Daniel afirma que, quando o falso messias vier, “êle vai confirmar um acôrdo com muitos por uma semana (de sete anos)” (Dan. 9:27).
Há aqueles no Irão que esperam a vinda do Iman dentro mais ou menos dos próximos dois anos. Ahmadinejad é da opinião que o país deve preparar-se para tal acontecimento, construindo hoteis em número suficiente para absorver o grande número de turistas e peregrinos que vão visitar o seu país nessa altura.
O futuro do Irão é muito escuro. A nova geração de dirigentes revolucionários prometeu mergulhar o mundo na maldade, tirania e opressão, pois isso adiantaria a vinda do seu maligno messias. Mas há também aqueles que se estão a afastar do desejado curso de uma confrontação global entre o Islão e o Ocidente. Embora tenham inicialmente apoiado a revolução islâmica do Ayatollah Khomeini, estão agora desesperados com a direcção em que Ahmadinejad está a levar o país.
Mohammad Abtahi, em tempos vice-presidente do Irão, demitiu-se e avisou que os intransigentes islamitas radicais já se apoderaram de todos os centros de comando do poder no país. Disse êle: “O que está à nossa frente, para nós e para vós, é uma longa noite de escuridão. Esta gente usará o trunfo nuclear, da mesma maneira que o trunfo do terror global”.
De harmonia com Ezequiel 38 e 39, o Irão (a antiga Pérsia) vai certamente atacar Israel, num esfôrço para o apagar do mapa. Esta guerra será uma acção conjunta por parte de Magog (antigo nome para a Rússia moderna), do Irão, da Turquia, da Líbia, da Etiópia e de muitos outros povos (Ezeq. 38:2-8, 15-16). Embora a Rússia possua um vasto arsenal de armas nucleres, a descrição desta guerra é a de uma vasta invasão militar de Israel, e não o uso de mísseis nucleares de longo alcance.
Tal invasão vai inevitàvelmente levar a um àlerta militar mundial, e à preparação de armas nucleares por várias nações. Mas o Senhor vai intervir rápida e inesperadamente e destruirá as fôrças inimigas nas montanhas de Israel (Ezeq. 38:22; 39:1-5). Será uma cena de total destruição e, de acôrdo com a versão do Rei Tiago (King James), apenas a sexta parte das fôrças invasoras vai sobreviver ao divino julgamento (Ezeq. 39:2). Israel recolherá os despojos da guerra e vai levar-lhe sete anos a queimar e a transformar todo o material militar (Ezeq. 39:9).
Os sete anos a seguir ao fim abrupto desta guerra, vão muito provàvelmente ser os sete anos durante os quais Israel e as nações vão firmar um tratado com o Anticristo (Daniel 9:27). Êle aparecerá no momento crítico directamente depois da destruição das fôrças invasoras, e apresentar-se-á como mensageiro de Deus, vindo na altura própria para libertar a humanidade da auto-destruição, numa guerra nuclear. Israel será salvo das garras da morte.
Os dirigentes e o povo de Israel darão glória a Deus por êste poderoso acto de libertação, mas aceitarão erradamente o impostor satânico, como o Messias prometido (João 5:43). As outras nações farão o mesmo. Êste “principe da paz” montará um cavalo branco e exaltar-se-á a si mesmo acima de todos os deuses. Pretenderá ser o messias universal de todas as religiões – i.e. Jesus Cristo para os cristãos, o Iman Mahdi para os muçulmanos, Krishna para os indus, e Maitreya Buddha para os budistas.
Depois de um período inicial de falsa paz, êle será revelado como um homem imensamente violento, que “tirará a paz da Terra, em que as pessoas se matarão umas às outras” (Apocalipse 6:4). “Êle surgirá em grande fúria e aniquilará muitos…no entando verá o seu próprio fim, e ninguém o ajudará” (Daniel 11:44-45). O seu fim está descrito no último livro da Bíblia e vai acontecer no dia em que o verdadeiro Cristo puzer o pé no Monte das Oliveiras em Jerusalém. João diz:
“E eu vi a besta (o Anticristo), os reis da Terra e os seus exércitos, juntos para fazer guerra contra Aquele sentado no cavalo (o verdadeiro Cristo) e contra o Seu exército. Então a besta foi presa e com êle o falso profeta… Êstes dois foram lançados vivos no lago de fôgo… E os restantes foram mortos com a espada que saía da boca Daquele que montava o cavalo. E todos os pássaros se encheram com a sua carne” (Apocalipse 19:19-21; veja-se também Zacarias 14:2-4, 12-13).
Todas as esperanças messiânicas fora do verdadeiro Cristo, – que é o Filho de Deus e Êle próprio Deus manifestado num corpo humano, – se focam no Anticristo.Todos os povos enganados do mundo vão assinar um acôrdo com o falso messias, devido a não conhecerem pessoalmente o único verdadeiro Salvador de uma humanidade espiritualmente perdida (Veja-se João 5:43; Actos 4:12). Há muitos precursores enganados do falso messias, que estão a abrir caminho para a sua vinda iminente. O seu reino de sete anos será a próxima hora de escuridão para o mundo.
O comentário que segue sôbre o capitulo 6 do Apocalipse, por Jack Kelley – www.gracethrufaith.com – também apoia a espectativa bíblica que o Anticristo vai sair do mundo islâmico no Médio Oriente. O comentário tem o título “Os quatro cavaleiros e o al Mahdi”: “Então, eu olhei quando o Cordeiro abriu um dos sete sêlos, e ouvi uma das quatro criaturas vivas dizer, com a voz do trovão, Vinde! E eu olhei e vede, um cavalo branco! E o seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada uma corôa, e êle veio a conquistar e para conquistar” (Apocalipse 6:1-2).
O primeiro dos sete sêlos é quebrado cêdo na 70ª semana de Daniel, a seguir ao desaparecimento da igreja. Os estudiosos liberais identificam muitas vezes o cavaleiro do cavalo branco como sendo o Senhor Jesus, apontando para a corôa e para o facto de êle ser um conquistador. Creio que uma parte da sua conclusão deriva de verem todas as coboiadas da TV como crianças, onde os vaqueiros bons sempre montavam cavalos brancos. E digo isto porque êste cavaleiro definitivamente não é Jesus. Êle é o Anticristo.
O que leva a pensar assim?
Em primeiro lugar êle traz um arco. A arma de escolha do Senhor é a espada. O motivo porque não traz setas, é que êle não vai usar a fôrça para se impôr inicialmente na Terra. Êle vem como pacificador (Daniel 8:25). Uma vez que o livro do Apocalipse está cheio de simbolismo explicado algures na Bíblia, eu procurei nela uma primeira alusão a um homem com um arco, esperando obter uma indicação adicional sôbre a identidade dêste cavaleiro. E encontrei-a em Génesis 21:20, com referência a Ismael.
À medida que os pormenores da escatalolgia islâmica se tornam mais claros, os estudantes das profecias estão a descobrir uma interessante semelhança entre as descrições do Al Mahdi, o messias islamita, e uma figura a que os cristãos chaman o Anticristo. Eu já fiz menção destes em artigos anteriores – como ambos aparecem em cena numa altura de grandes perturbações na Terra, ambos declarando desejar restaurar a paz, ambos tendo um reino de sete anos, ambos dirigindo uma religião e um govêrno, ambos reinvidicando origens sobrenaturais, com ambos os seus reinos terminando numa batalha entre o bem e o mal conduzindo ao julgamento final da Terra.
O número de semelhanças entre ambos desafia a coincidência, e continua a crescer à medida que o conhecimeento de Al Mahdi aumenta. Agora, outra peça do problema parece ter caído no seu lugar, com ligação entre o primeiro archeiro da Bíblia e o homem com o arco de Apocalipse 6. Mohamed descendente de Kedar, segundo filho de Ismael, e Al Mahdi 12º Iman descendente de Mohamed. Jack Kinsella, no seu comentário intitulado “O Terceiro pilar do Anticristo” apresenta uma tese excelente a favor do Islão como a religião do Anticristo. (“The Omega Letter Inteligence Digest”, vol: 53, edição 25 de Sábado 25 de Fevereiro de 2006 –www.omegaletter.com). Quando o lerdes, compreendereis que, depois da partida da Igreja, aqueles que também se apelidam igreja mas foram deixados para tràs, não terão grande dificuldade em aceitar o Islão. E, como Paulo disse, a adição de alguns “milagres” à mistura será tudo quanto é necessário para enganar o mundo inteiro ( 2 Tessal. 2:9).
Há mais alguma coisa?
Em segundo lugar, êste cavaleiro está a usar a corôa errada. A palavra grega para a corôa de um rei é diadema. Mas êste cavaleiro usa uma coroa “stephanos”, ou corôa de vencedor. Era o prémio dado aos vencedores nas antigas Olimpíadas e noutros jogos públicos. Tìpicamente era uma coroa de louros e, de facto, a palavra stephanos tem origem numa raiz significando corôa. Identifica o que a usa como um conquistador, mas não como realeza. E, em Apocalipse 13, onde começa a Grande Tribulação, é-nos dito que Êle recebeu poder para fazer guerra contra os santos e para os conquistar. E foi-lhe dada autoridade sôbre toda a tribo, povo lingua e nação (Apocalipse 13:7). Porque é que Jesus havia de fazer guerra contra os santos da tribulação para os conquistar? Como eu disse, se bem que êle tente levar o povo a acreditar que é Cristo, êle é de facto o Anticristo.
“Quando Êle quebrou o segundo sêlo, eu ouvi a segunda criatura viva dizer, Vinde! e saiu outro cavalo, vermelho vivo. O seu cavaleiro foi autorizado a tirar a paz da Terra, para que os homens se matassem uns aos outros, e foi-lhe dada uma grande espada.” (Apocalipse 6:3-4).
Esta é a altura em que o Anticristo se vira para a guerra, para estabelecer a sua autoridade sôbre os governos humanos e trazer o mundo á sua religião. As profecias islâmicas afirmam que esta será o Islão, é claro, e o Corão indica a conversão ou a morte como as únicas alternativas dadas aos não-crentes… não-crentes. Estudos correntes especulam que a Europa – bem dentro da sua era post-cristã – pode estar já à beira de ceder à crescente onda de influência islâmica. Mas outras partes do mundo vão resistir, causando muito sangue.
Se pensais que isto é mau…
Històricamente, a espada grande era uma arma comprida para uso com as duas mãos por guerreiros fortes, que recebiam soldo duplo do dos soldados vulgares. Com fôrça extraordinária, tais guerreiros abriam caminho nas fileiras do inimigo, abrindo uma grande brecha por onde as tropas regulares depois seguiam. É desta maneira que o Anticristo usará poderes sobrenaturais para amarrar o mundo na sua mão e assim forçar a sua vontade sôbre os habitantes da Terra. E lembrai, os julgamentos do sêlo são apenas o princípio da 70ª semana de Daniel. A última parte, chamada a grande tribulação, está aínda para vir, e será significantemente mais sangrenta.
“Quando Êle quebrou o terceiro sêlo, eu ouvi a terceira criatura viva dizer, Vem! E olhei e, vede, um cavalo preto! E o seu cavaleiro tinha na mão uma balança. E ouvi como que uma voz no meio das quatro criaturas vivas dizer, ‘uma medida de trigo por um dinheiro, e tres medidas de cevada por um dinheiro, e não danifiques o azeite e o vinho” (Apocalipse 6:5-6).
Acontecem duas coisas quando o mundo é mergulhado na incerteza e as guerras explodem. Em primeiro lugar vem a inflação, causando todos os preços a subir astronòmicamente. Quando João escreveu isto, um dinheiro era o salário médio para um dia de trabalho, e isso é o que custará l litro de trigo, mais ou menos o alimento diário para um dia. Pensemos nisso. Para muita gente, o salário inteiro de um dia de trabalho mal chegará para comprar o alimento desse dia. E no dia seguinte o mesmo. Não sobra um cêntimo para mais nada.
É claro, os ricos beneficiam sempre da inflação. Quando a vêem chegar, podem converter a sua riqueza em bens que, ou estão à prova da inflação ou na realidade aumentam de valor quando ela chega. O mais antigo exemplo disto vem no livro do Génesis, em que José, que controlava as reservas de trigo para o Faraó, acabou por ganhar com o seu trabalho toda a riqueza do Egito, devido à subida de preços. É o que João queria dizer ao comandar ‘não danifiques o azeite e o vinho’, artigos que naquele tempo eram símbolos de riqueza. A visão que êle teve foi de muita fome no meio da abundância. Tanto o livro de Daniel como as profecias islâmicas, falam do Anticristo/Al Mahdi, a dar presentes enormes aos seus seguidores ao mesmo tempo que força os inimigos à submissão (Daniel 11:39,44).
“Quando Êle quebrou o quarto sêlo, ouvi a voz da quarta criatura viva dizer, Vem! E olhei e eis que vi um cavalo amarelo! E o nome do cavaleiro era Morte, e o inferno o seguia. E foi-lhes dada autoridade sôbre a quarta parte da Terra para matar com a espada, com a fome, com pestilências e com as feras da Terra” (Apocalipse 6:7-8).
O segundo resultado da guerra são a fome e as pestilências. As culturas e as fábricas de produção de alimenos são destruidas. As redes de transporte são interrompidas. Os corpos de mortos são abandonados onde caiem, e os sistemas de saúde pública não funcionam. A fome em larga escala e as doenças, muitas vezes fazem mais vítimas que as batalhas que as causam. Os animais mostram-se desesperados pela fome e atacam as pessoas. Há quem pense que a expressão “a quarta parte da Terra” tem sentido geográfico, outros pensam que a referência é ao número de pessoas afectadas. Seja como fôr, muitas pessoas vão sofrer e morrer nessa altura, enquanto que aqueles que não estão directamente envolvidos na guerra gozarão uma paz e prosperidade falsas.
“Quando Êle quebrou o quinto sêlo, eu vi sob o altar as almas dos que tinham sido mortos pela palavra de Deus e pelo testemunho que deram dela. E êles gritavam em voz alta, Ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, quanto tempo antes de julgares e vingares o nosso sangue sôbre os que residem na Terra? E então foi dada a cada um dêles uma veste branca, dizendo-lhes que descansassem um pouco mais, até que o número dos servos seus companheiros, e dos seus irmãos que haviam de morrer como êles, estivesse completo” (Apocalipse 6:9-11).
Assim como a igreja tem de atingir um número fixo, 0antes do seu tempo na Terra terminar (Romanos 11:25), assim é para os crentes que são martirizados por causa da sua fé, seguidamente à partida da Igreja.