Dias e Noites Proféticos na História do Mundo

Quando consideramos a história inteira da humanidade do ponto de vista espiritual, torna-se claro que emerge dêsse estudo uma rede clara de consecutivos dias e noites. Estes períodos alternados de luz e escuridão estão associados a tempos de restauração espiritual e seguimento de Deus, seguidos de  períodos de retrocesso espiritual e apostasia. Numa escala menor, todas as nações e indivíduos se movem através de tempos semelhantes, pois todos êles têm de decidir contìnuamente entre a luz da presença de Deus e a negrura do pecado e da injustiça. Dependendo da escolha, certas consequências têm inevitàvelmente de seguir. Consideremos agora, numa perspectiva larga, a existência de tais dias e noites na história humana.

O dia da criação

Deus fez o homem bom. No jardim do Éden, em que Adão e Eva caminhavam na luz da presença de Deus, reinava perfeita felicidade.Mas ambos tinham livre arbítrio, e por êsse motivo existia sempre a possibilidade de poderem pecar, despresando a autoridade de Deus e quebrando as Suas leis.

A noite  da queda

Adão e Eva foram enganados por Satanás e levados a desobedecer a Deus e, desta maneira, tornaram-se pecadores com uma natureza maligna inclinada ao afastamento de Deus e da Sua justiça. O êxito de Satanás garantiu-lhe vir a ter grande influência sôbre Adão, Eva e seus descendentes. E tornou-se o deus de uma humanidade depravada e rejeitadora de Deus (Rom.  5:12; 2 Cor. 4:4). Por causa da Queda, aquelas primeiras pessoas foram expulsas do Jardim do Éden para viverem vidas duras e difíceis fora dos seus limites. E a Terra também foi afectada pela Queda. A partir dessa altura só produzia silvas e espinheiros, era atacada por pragas e pestes e afectada adversamente por condições atmosféricas instáveis e vários desastres naturais.

O dia de novas possibilidades

  Deus não abandonou as pessoas espiritualmente caídas, entregando-as ao seu destino de escravas do pecado. Êle  deu-lhes uma consciência, que lhes permitiria discernir entre o bem e o mal. E também tinham a possibilidade de oferecer sacrifícios a Deus e de comunicar com Êle através da oração,  seguindo dessa maneira o caminho da rectidão. O Senhor disse a Caím: -“Se fizeres o bem, não serás aceite? E se não fizeres o bem o pecado estará à tua porta, o seu desejo é-te imposto, mas tu deves dominá-lo” (Génesis 4:7). Portanto, as pessoas eram capazes de tomar decisões e escolher o bem resistindo ao mal. Mas o contrário era também possível: - Podiam endurecer os seus corações contra Deus, escolher o caminho do pecado e, afastando-se de Deus, tornar-se aínda espiritualmente mais depravadas.

A noite do dilúvio

A disposição das pessoas para pecar sobrepôs-se e atingiu tais extremos, que a população de toda a Terra com excepção de Noé e família entrou em completa apostasia, tornando-se moral e espiritualmente totalmente depravada. As pessoas tornaram-se tão malévolas que Deus decidiu destruir a raça humana inteira (Génesis 6:5-13). Devido à suas próprias acções, estes rebeldes contra Deus entraram numa noite de apostasia e julgamento.

O dia do chamamento de Israel

Depois do Dilúvio, veio uma nova geração descendente de Noé, da esposa, dos três filhos e das três noras. De harmonia com Génesis 9:1-17, Deus firmou um acôrdo com Noé e filhos e abençoou-os. No decorrer do tempo, a apostasia tornara-se tão largamente comum, que Deus chamou Abram de entre as nações, para estabelecer o Seu próprio povo, que viveria afastado das nações à sua volta. Deus revelar-se-ia a Israel, para tornar possível à luz do Seu reino brilhar num mundo de escuridão. Abraham, Izac e Jacob foram os pais fundadores deste povo, de onde nasceria o Salvador do mundo na plenitude do tempo.

A noite da escravidão de Israel no Egipto

A apostasia em larga escala também se verificou entre o povo de Deus, o que deu origem à longa noite de 400 anos de escravidão sob o jugo do Egípto pagão. Ali, Israel aprendeu a adorar ídolos, e, com a passagem do tempo, o povo foi cada vez mais oprimido, intimidado e humilhado.

O dia do êxodo de Israel e do seu estabelecimento na Terra Prometida

Depois de matar o cordeiro da Páscoa, borrifando os humbrais das portas com o sangue, Israel entrou de novo na luz da Presença de Deus e saiu da terra da escravidão. Sob a direcção de Moisés e também em obediência aos Dez Mandamentos e outras leis, foi ensinado a viver como o Povo escolhido de Deus e, nesse processo, o povo foi preparado para tomar posse da Terra Prometida. Embora nem todos servissem ao Senhor com todo o seu coração, Israel elevou-se a grandes alturas espirituais sob a direcção de homens como Moisés, Josué, Samuel, David, Salomão, Hezequiel, Asa, e Josias.

A noite do cativeiro assírio e babilónico

Mais tarde, virtualmente a totalidade de Israel  foi atraída pela spostasia. Como resultado de uma rebelião persistente contra Deus, grande parte do reino nortenho de Israel (as 10 tribos) foi exilada para a Assíria no sáculo 8 AC, enquanto que o cativeiro babilónico do reino de Judá no Sul, (as 2 tribos) ocorreu no século 6 AC. Jerusalém e o templo foram destruídos, e Israel viveu exilado entre os inimigos.

O dia da restauração de Israel do exílio

Sôbre o povo de Deus no cativeiro, amanheceu então uma época de restauração espiritual. Êle voltou à sua terra e reconstruiu Jerusalém  e o templo. A Páscoa foi celebrada em Jerusalém e a população de novo se dedicou ao Senhor. Mas a luz deste novo dia de restauração espiritual esmoreceu e terminou também em escuridão.

A noite de afastammento de Deus em Israel

Com o decorrer do tempo, Israel entrou tão severamente em apostasia, que eventualmente afastou-se completamente de Deus. Malaquias foi o último profeta que Deus tinha enviado ao seu povo no tempo do Velho Testamento. Quando Israel se recusou também a escutar os seus avisos e mensagens, a voz de Deus deixou de se ouvir entre o Seu povo desviado. E durante os seguintes 400 anos, não houve um único verdadeiro profeta a proclamar a voz de Deus em Israel.

O dia da vinda do Messias

Com a vinda do Messias, a Luz do Senhor levantou-se e de novo brilhou viva sôbre Israel: “As pessoas que caminhavam nas trevas viram uma grande luz; e a luz resplandeceu sôbre os que estavam na região da sombra da morte” (Isaías 9:2). Lucas descreveu o Messias como “o alvorecer do alto…para dar luz aos que se sentam na escuridão e na sombra da morte, para guiar os nossos pés no caminho da paz” (Lucas 1:78-79). Êle proclamou o reino de Deus em Israel e depois deu a Sua vida na cruz, como reparação pelos pecados do mundo inteiro. Antes da Sua ascenção instruiu os discípulos para proclamarem a mensagem da Sua graça salvadora, não só em Israel mas também até aos confins da Terra. Os discípulos receberam a missão de fazerem com que a luz de Cristo brilhasse em todo o mundo.

A noite da dispersão internacional de Israel

Devido à sua forma legalista de rectidão e da dureza dos seus corações, Israel rejeitou o Messias como nação e dessa maneira optou pelo caminho da escuridão espiritual e do sofrimento. Esta noite, na sua história nacional, começou com a rejeição e crucificação do Messias em 32 AD. As consequências mais importantes das suas trágicas decisões foram a destruição de Jerusalém em 70 AD, e a subsequente dispersão internacional. Esta situação manteve-se até ao século 20, quando Israel regressou à sua terra em 1948, como prelúdio da sua restauração espiritual quando o Messias vier de novo. Referindo-se ao longo período da Diáspora, o Senhor Jesus disse-lhes: “(Vós) caireis pelo golpe da espada e sereis espalhados cativos por todas as nações. E Jerusalém será pisada pelos Gentios até o tempo dos Gentios se cumprir” (Lucas 21:24). Êle também se referiu à Sua segunda vinda e futura reconciliação com Israel ao dizer: “Não mais Me vereis até que digais, Abençoado é Aquele que vem em nome do Senhor” (Mat. 23:39; Salmo 118:26).

O dia da restauração de Israel no tempo do fim

Apesar da prolongada diáspora internacional de Israel e de harmonia com Levítico 26:44-45, Deus nunca quebrou o Seu acôrdo com a nação israelita como nação. Ezequiel diz: “Assim fala o Senhor Deus: Por certo retirarei os filhos de Israel de entre as nações, onde quer que tenham ido, juntando-os de todos os lados e levando-os para a sua própria terra” (Ezequiel 37:21). Êste processo começou com a independência de Israel em Maio de 1948; atingiu um significativo estágio posterior com a reocupação da cidade velha de Jerusalém em 1967 e também em 1980, quando toda a cidade foi feita a eterna e indivisível capital de Israel. A finalidade da restauração física e política de Israel, é que a nação também será espiritualmente restaurada na sua própria terra, como povo especial de Deus. No entanto, a posição de Jesus como Messias continua a ser rejeitada pelo estado de Israel restaurado, o que justifica o facto de a luz total da presença de Deus não ter aínda descido sôbre a nação. Pelo contrário – o brilho da sua independência em 1948, assim como das famosas vitórias que ganharam nas subsequentes guerras contra os hostis países árabes visinhos, está a esmorecer dia a dia, perante o crescente ódio contra os judeus e o contínuo aumento de nuvens de guerra sôbe o Médio Oriente.

A noite da angústia de Jacob

De volta à sua terra, o povo israelita espiritualmente endurecido vai passar por um período muito negro de guerras e tribulação, para que um resíduo  de Israel possa ser salvo. Jeremias diz: “Ah! Porque aquelle dia é tão grande, que nenhum outro é como êle; é o tempo da angústia de Jacob. Mas êle será libertado dela” (Jeremias 30:7). Deus revelou mais pormenores sôbre êste tempo através de Ezequiel: “Portanto, assim diz o Senhor Jeová: - Porque todos vós vos transformasteis em escória, eis que Eu vos juntarei no meio de Jerusalém. Da mesma maneira que se coloca a prata, o bronze, o ferro, o chumbo e o estanho no meio da fornalha, para assoprar fôgo sôbre eles, e os derreter, assim Eu vos juntarei na Minha ira e na Minha fúria, e ali vos deixarei e fundirei… e então sabereis que Eu, o Senhor, lancei a minha Fúria asôbre vós” (Ezequiel 22:19-22). Através de Zacarias Êle disse: “E acontecerá em toda a terra, diz o Senhor, que duas partes dela serão estirpadas e morrerão, mas a terceira parte ficará nela: Eu farei passar a terceira parte pelo fôgo, refiná-la-ei como se refina a prata, e a provarei como se prova o ouro. Ela invocará o Meu nome e Eu a ouvirei. E direi: Êste é o Meu povo; e cada um dirá: O Senhor é o meu Deus” (Zacarias 13:8-9).

O dia do Israel espiritualmente restaurado, durante o reino do Messias

O Senhor diz: “E Eu derramarei o Espírito da graça e da súplica sôbre a casa de David e sôbre os habitantes de Jerusalém; então êles olharão para Mim, a Quem trespassaram; chorarão por Êle como quem chora por um filho único e lamentar-se-ão como quem se lamenta por um primogénito. Nesse dia, haverá grande pranto em Jerusalém” (Zacarias 12:10-11). Devido à sua sincera mágua, o Senhor Jesus perdoará todos os pecados de Israel, isto é, de todo o resíduo que terá sobrevivido ao período da tribulação. Será verdadeiramente um Dia de Perdão para Israel, pois toda a nação será espiritualmente renovada num só dia. Depois disto será estabelecido o reino do Messias, com Jerusalém como capital do mundo (Miquéas 4:2-3).

Estas são as grandes mudanças em Israel através dos séculos, assim como as suas experiências futuras. Agora temos de voltar à primeira vinda de Cristo, pois os seguidores do Senhor Jesus entre as nações gentias encontravam-se   espiritualmente num caminho muito diferente do de Israel.

O dia da antiga Igreja Cristã

João descreve o Senhor Jesus como “A verdadeira Luz que ilumina todo o homem que vem ao mundo” (João 1:9). Depois do derramamento do Espírito Santo, a Igreja Cristã expandiu-se ràpidamente através do mundo então conhecido. Servia ao Senhor, e grande número de pessoas foi salvo. A igreja mantinha a chama da fé ao alto num mundo hostil e assim tornou-se a luz desse mundo A maior parte das pessoas amava mais a escuridão que a luz (João 3:19), porque as trevas não compreendiam a luz (João 1:5).

A noite das idades negras da história

Depois de alguns séculos, devido à decepção religiosa e à mistura com o mundo pagão, o retrocesso espiritual invadiu gradualmente e eventualmente aleijou a igreja. Aquilo que Paulo avisou os efésios contra, mais tarde tornou-se um problema geral na maior parte das igrejas: “Porque eu sei que, depois da minha partida, lobos selvagens virão entre vós, não poupando o rebanho. Levantar-se-ão mesmo homens de entre vós, que dirão coisas perversas para atrair a si os discípulos” (Actos 20:29-30). À medida que as doutrinas falsas ganhavam terreno nas igrejas, os verdadeiros discíplos de Jesus Cristo eram cada vez mais perseguidos, afastados e memo mortos, alegadamente por blasfêmea. O resultado dêste movimento subversivo foi o tempo das Idades Nêgras da História, que durou desde cêrca do século 6 ao século 17. Êste período de vasta decepção e perseguição, é muitas vezes chamado o milénio de Satanás.

O dia do gande despertar

Com a reforma da igreja no princípio do século 16, o poder espiritual da escuridão não tinha de facto desaparecido nas comunidades cristãs nominais. Foi apenas depois dos serviços de reavivamento do século 18 que uma nova aurora desceu sôbre a igreja cristã. Formaram-se várias orgnizações missionárias que foram instrumentais em levar o evangelho da salvação a milhões de pessoas do mundo pagão. Êste reavivamento continuou por cêrca de dois séculos até princípios do século 20, quando o Cristianismo nominal, baseado num tipo morto de santidade, se tornou a caraterística dominante da igreja.

A noite de declínio espiritual durante os últimos dias

Durante a segunda metade do século 20, mais ou menos desde o estabelecimento do Conselho Mundial das Igrejas em 1948, registou-se no mundo cristão um período de vasto declínio espiritual. Os efeitos do relaxamento doutrinal a favor da unificação ecuménica, da teologia do reino e de vários outros ensinamentos heréticos, tornaram-se fenómenos comuns. Os falsos profetas começaram a doninar as igrejas e os assuntos religiosos em geral, tornando deveras difícil a existência de pequenas igrejas evangélicas, que assim mal podiam sobreviver no prevalecente clima de comprometimento, falsos ensinamentos e baixas normas de vida. O mundo reagiu à enfraquecida posição doutrinária da igreja, banindo o Cristianismo e a Bíblia da vida pública, incluindo das escolas e das constituições dos países. Estes acontecimentos desempenharam um grande papel na intensificação da escuridão, intensificando também ao mesmo tempo a luta dos cristãos evangélicos contra as obras das trevas. Trata-se de um tempo de rebelião contra Deus, em  que a humanidade caída utiliza a ciência e a tecnologia moderna para se elevar a si mesma a uma posição de supremacia, em que pretende criar o seu próprio mundo de paz e de justiça social. A própria teologia é posta ao servviço dêste novo movimento de transformação, para ajudar a estabelecer na Terra um reino humanista de paz, unidade e prosperidade. Neste processo, a Bíblia é aplicada de uma maneira altamente tendenciosa, para criar a impressão que o reino de Deus desceu sôbre a Terra e está prestes a ser revelado em toda a sua glória. Os dirigentes espirituais  dêste novo movimento fecham os olhos à crescente escuridão espiritual que envolve as massas e recusam-se a proclamar os julgamentos de Deus sôbre os perversos. Os iminentes julgamentos de Deus constituem má notícia para os adeptos da nova ordem mundial que o homem está a criar. Preferem dizer: “Sou rica, tornei-me abastada e não tenho necessidade de nada,” portanto, não precizam do aviso do Senhor Jesus quando Êle lhes diz: “Porque estás morna, nem fria nem quente, Eu cuspir-te-ei da minha bôca” (Apocal. 3:16-17). Numa altura de crescente decepção e escuridão espiritual, num mundo que esá a caminho dos julgamentos de Deus, o Senhor vai vir em segredo para levar consigo os Seus verdadeiros discípulos, não destinados ao julgmento.

O dia da glorificação da verdadeira Igreja

A luta terminará para os filhos do Senhor nascidos de novo, quando o Noivo celestial os arrebatar sùbitamente para a sua morada no Céu. Daí para diante êles gosarão alegria eterna na presença do Senhor.

A noite do período da tribulação

Quando aqueles que foram luzes brilhantes no mundo, tiverem sido arrebatados pelo Senhor, a Terra ficará totalmente imersa em profunda escuridão espiritual. E então será revelado o homem do pecado e filho da perdição, o Anticristo. As nações não-salvas e a suas igrejas apóstatas, bem assim como os não-salvos de Israel atravessarão o período da tribulação. Durante a primeira metade do ano-semana, o Anticristo, que será aceite e adorado como representante especial de Deus na Terra por todas as religiões (Apocal. 13:3-4), estabelecerá uma nova ordem de unidade internacional e harmonia. Como os enganados israelitas depois do Êxodo do Egipto, a humanidade enganada do fim do tempo, depois da partida dos verdadeiros crentes vai tornar-se idólatra e adorar o seu próprio deus. E isso invocará a ira de Deus sôbre êles. Tais pessoas vão sofrer não só devido à tirania do Anticristo, como também serão julgadas por Deus devido aos seus pecados e rebelião. O Velho Testamento refere-se a êste período nêgro da hisória do mundo dizendo: “Ai de vós que desejais o dia do Senhor! Pois que bem vos vai trazer o dia do Senhor? …não será o dia do Senhor escuridão, e sem luz? Não será êle muito nêgro e sem brilho?” (Amos 5:18-20). “Êsse dia é um dia de ira, um dia de problemas e confusão, um dia de devastação e desolação, um dia de negrume e tristeza, um dia de núvens e espessa escuridão” (Sofon. 1:15). Assim será o fim do reino anti-cristão que os enganados dos últimos dias já se ocupam em construir. Não há futuro algum para toda a pessoa que não tenha o Senhor.

O dia do reino de paz de Cristo

Durante o milénio sob a direcção de Cristo, não haverá traços sequer de ignorância espiritual ou trevas: “Porque a Terra estará cheia do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9). Satanás e os seus demónios não estarão cá para induzirem o povo a pecar, pois estará amarrado no pôço sem fundo. O apóstolo João diz: “Então vi um anjo descer do Céu, com a chave do pôço e tendo na mão uma grande corrente. E êle agarrou o dragão, essa velha serpente que é o Diabo e Satanás e amarrou-o por mil anos; lançou-o no pôço sem fundo, e fechou-o e pôs-lhe um sêlo, para não mais enganar as nações até ao fim dos mil anos. Mas depois destas coisas êle deve ser libertado durante pouco tempo” (Apocal. 20:1-3). O Senhor Jesus reinará do trono restaurado de David em Jerusalém: “Nessa altura, Jerusalém será chamada O Trono do Senhor, e todas as nações se juntarão a ela, ao nome do Senhor, a Jerusalém; nunca mais caminharão na teimosia do seu coração vil” (Jeremias 3:17). Durante êste tempo abençoado, a igreja glorificada que será revelada ao mundo com Jesus Cristo na altura da Sua segunda vinda (Co.3:4) governará o mundo (Apocal. 2:25-27; 5:9-10). Apenas então será revelado ao mundo o reino de Deus.

A noite da última grande rebelião, e o julgamento final

O dia do reino milenário de Cristo terminará na noite da última grande rebelião de Satanás contra o reino de Deus, depois do maligno ter sido libertado do pôço sem fundo: “Agora, depois do fim dos mil anos, Satanás será ibertado da sua prisão, e sairá para enganar as nações que estão nos 4 cantos da Terra, Gog e Magog, cujo número é como as areias do mar, para os juntar para a batalha. E foram por toda a Terra e cercaram o campo dos santos e a amada cidade. E fôgo caíu do Céu e devorou-os. E o diabo, que os enganou, foi lançado no lago de fôgo e enxôfre, onde se encontram a bêsta e o falso profeta. E serão atormentados dia e noite para todo o sempre” (Apocal. 20:7-10). Depois disso terá lugar o julgamento final, quando os iníquos de todas as eras serão condenados ao eterno lago de fôgo: “E todo aquele cujo nome não foi encontrado no Livro da Vida, foi lançado no lago de fôgo” (Apocal. 20;15).

O dia da eternidade

Depois do julgamento final, quando os actuais Céu e Terra forem destruidos pelo fôgo,  o Senhor criará um novo Céu e uma nova Terra, em que reinará a rèctidão.“Não mais haverá morte, nem tristeza, nem chôro; e não haverá dôr, pois as coisas antigas já passaram.” E então, Aquele que estava no trono disse, “Eis que faço todas as coisas novas” (Apocal. 21:4-5). A Nova Jerusalém descerá sôbre a nova Terra e será envolta em eterna luz: “E a cidade não precisará do Sol ou da Lua para lhe dar luz, porque a glória de Deus a iluminará e o Cordeiro é essa luz. E as nações dos que estão salvos caminharão na sua luz” (Apocal. 21:23-24). 

Um dia eterno descerá na presença do Senhor Jesus para aqueles que seguem o caminho estreito. A maioria dos que  caminham aínda na estrada larga, entrarão numa noite eterna, num lugar de tormento, amarrados a correntes de escuridão! Leitores: Caminhais vós na luz da presença de Deus? Já tendes  pouco tempo para abandonar a escuridão do pecado e da ruina espiritual e entrar na luz maravilhosa da nova vida em Cristo (1 Pedro 2:9).

Verificai se estais na fé, pois há numerosas fundações falsas sôbre as quais as pessoas baseiam as suas vidas. Assegurai-vos de que não fostes enganados pela teologia do reino agora, com todas as suas falsas expectativas, ou por quaisquer outros falsos profetas (Mateus 24:4).