Prof. Johan Malan, Middelburg, África do Sul, Janeiro de 2007
Estamos a viver num mundo desordenado e confuso, sem pincípios morais claros e numa sociedade sem dirigentes fortes. Mais que nunca dantes, há necessidade de clareza em assuntos básicos como a identidade cultural (quem sou eu?), as normas morais (como devemos viver?), as ideologias políticas (qual é a política correcta: capitalismo, socialismo ou pragmatismo?), e os valores religiosos (devemos aderir a uma das religiões tradicionais, ser agnósticos ou procurar experiências místicas segundo as tradições orientais?).
Toda a gente faz o que lhe apetece, o que faz dos membros da sociedade ovelhas tresmalhadas, sem pastor (Isaías 53:6). Salomão afirma justificadamente: “Há um caminho que parece ao homem estar certo, mas o seu fim é o caminho da morte” (Prov. 16:25). A Bíblia Viva diz: “Há uma estrada larga e agradável à frente de todo o homem, que lhe parece a correcta, mas que termina na morte”. A maior parte das pessoas descobre demasiado tarde ter estado a seguir a estrada errada.
Segue-se uma série de características importantes dos tempos em que vivemos:
A última década do século passado viu o avanço rápido em muits partes do mundo do post-modernismo como filosofia e modo de vida. As consequências directas desta ideologia são uma falta de objectivos claros na vida, estilos de vida egocêntricos nascidos de gostos pessoais, e diversas práticas espirituais resultantes de uma noção pragmática e subjectiva da religião. Todas as estruturas fixas e ideologias claras que constituiam a era moderna, incluindo a adesão da civilização cristã à Bíblia – responsáveis pelas constituições cristãs, pela educação cristã e pela promoção dos princípios cristãos na sodiedade – foram abandonadas e lançadas pela borda fora. Foram substituidas por novas expressões culturais, em que cada pessoa escolhe o seu estilo de vida, que não é necessàriamente baseado na Bíblia, nas normas sociais ou nas tradições de família.
Um dos conceitos básicos do post-modernismo é a “desconstrução”. Isto significa, que a velha ordem da sociedade deve ser desmantelada, pois já não é aceitável pela humanidade post-moderna.No entanto, o problema é que a velha ordem não é substituida por qualquer sistema claramente definido. Todo o indivíduo tem completa liberdade para escolher o seu estilo de vida. Isto usualmente leva a um modêlo eclético, em que cada um escolhe a sua própria combinação de instituições e costumes.
A nova maneira de pensar promove uma forma muito liberal de cristianismo, em que tudo se baseia no indivíduo e seus interesses seculares. O homem e os seus interesses são o foco central da sua religião. E então há aquelas pessoas que escolhem ser agnósticas, não acreditando em quaisquer fenómenos subrenaturais. Outros aínda, adoptam um modo de pensar multi-religioso escolhendo a sua própria mistura de ideias. Tentam reconciliar aspectos das religiões africana e oriental com a Bíblia, a patir do princípio que todas adoram o mesmo Deus.
E outras áreas da vida adaptam-se também a este confuso estilo de pensamento. Não se respeitam as fronteiras culturais e os casamentos cristãos, e mesmo as realidades básicas de identidade biológica (macho e fêmea). O resultado destas últimas é que a homosexualidade é rampante na sociedade post-moderna.
Uma nova ordem mundial de unificação global está a nascer das ruinas da velha ordem, que está a ser completamente demolida. Tem as seguintes implicações importantes:
O nacionalismo é subsituido pelo globalismo. É olhado como fora de uso, velha moda, de mente estreita e divisiva, uma pessoa associar-se a grupos culturais ou nacionais antiquados. Deve-se ter horizontes mais largos. A identidade nacional deve em primeiro lugar ser substituida por uma identidade regional, mais larga. As pessoas da Europa devem referir-se a si próprias como europeias e não como inglesas, francesas ou alemãs, etc. Deve-se dar mais poder ao parlamento europeu e dar também preferência à moeda europeia e ao passaporte europeu. As fronteiras entre países devem gradualemte desaparecer, para dar lugar a um novo super-estado. E do mesmo modo deve haver uma transição para maior unificação africana, americana, asiática e do Médio Oriente. O objectivo final dêste processo é a união de todas as regiões num estado mundial, que unirá todos os países e regiões sob a autoridade de um governo global. País algum deverá ter o poder de se desviar ao nível local dos princípios e objectivos do emergente governo mundial.
A economia mundial deve ser controlada de um ponto central. Para se conseguir isto, deve haver em primeiro lugar um governo mundial com poderes executivos. Para um contrôlo mais eficiente, deve haver um sistema de transferência de fundos sem dinheiro, também controlado de um ponto central. Tal sistema pode ser utilizado para controlar as transacções e movimentos financeiros de todas as pesoas econòmicamente activas. Desta maneira, a liberdade pessoal é severamente limitada. Já existe a tecnologia de computadores para a implementação deste sistema.
As diferenças entre as várias religiões devem ser reduzidas. Os adeptos da nova ordem mundial argumentam em geral, dever estabelecer-se entre todos os povos uma irmandade religiosa mística, para servir como base para outros tipos de unificação. O movimento inter-fés baseia-se nesta ideia. A sua ideia é que todas as religiões adoram o mesmo Deus e que assim podem aprendeer muito umas das outras para melhor compreender Deus.
A unidade cósmica como último objectivo. Vários grupos da Nova Era mantêm a ideia que a unidade cósmica é o objectivo final da nova ordem mundial. De acôrdo com êles, a razão de ser da consciência de grupo e estreiteza de vistas da humanidade resultam do facto de aínda não estar sintonizada para a mais larga esfera cósmica.O Movimento Nova Era ensina as pessoas a praticar a meditação transcendental e outras formas de contemplação para cultivar uma nova espiritualidade multi-religiosa e mística que, na sua opinião, promove sentimentos de unidade e paz.
A cultura deve ser determinada eclèticamente. A nova ordem mundial aceita a diversidade cultural no mundo, mas é contra a sua rígida observância, favorecendo uma mistura gradual de todas as culturas. As pessoas do Ocidente são encorajadas a suplementar o seu materialismo, pensamento frio e lógico e estilos de vida com a meditação oriental, para relaxamento físico e auto-realização. No pensamento post-moderno é prática comum acrescentar a um estilo de vida capitalista elementos do Budismo, Hinduismo, religiões africanas, e outras tradições místicas –tudo conforme o gosto de cada um.
A Bíblia diz claramente, que o tempo do fim será como nos dias de Noé e de Lot (Lucas 17:26-30). O que é que caracterizou êsses dias? “A maldade do homem era grande na Terra, e cada intento dos pensamentos do seu coração era contìnuamente mau… E Deus disse a Noé – fim de toda a carne chegou a Mim, porque a Terra está cheia da violência deles; e olhai, destruí-los-ei com a terra” (Genesis 6:6,13). No tempo de Lot, o pior mal na vida das pessoas era a sodomia: “E êles chamaram Lot e disseram-lhe – onde estão os homens que vieram a ti esta noite? Chama-os cá para fora para que possamos conhecê-los carnalmente. E assim Lot dirigiu-se a êles … e disse lhes: “Por favor meus irmãos não façam essa maldade” (Génesis 19:5-7). A Bíblia Viva diz assim: “Os homens da cidade – sim, sodomitas, jóvens e velhos de toda a cidade – rodearam a casa e gritaram a Lot – “Traz nos êsses homens para os violentarmos. E Lot saiu de casa para lhes falar: Por favor – pediu-lhes – não façam tamanha vileza”.
Não são os dias de Noé e de Lot absolutamente típicos dos nossos dias? A grande maioria das pessoas é extremamente má e só pensa em coisas más. Enche o mundo de violência e de todas as concebíveis formas de crime, a tal ponto que uma pessoa pode descrevê-las como uma cultura global de pecado. A homosexualidade agressiva e sem vergonha constitui parte da humanidade moralmente depravada do tempo do fim. E isto é humanismo em toda a extensão. Os perpretadores da violência e da imoralidade conseguem também controlar os governos, permitem abertamente o mal e defendem os direitos de criminosos perigosos abolindo a pena de morte. Permitem até o casamento de sodomitas, fazendo assim uma palhaçada da instituição de Deus do casamento.
Nas sociedades malignas desta natureza não há respeito algum por Deus e Sua Palavra. E é por isso que a autoridade suprema de Deus não é reconhecida nas constituições da maior parte dos países. A África do Sul é um dos muitos países que não reconhecem oficialmente nem seguem o Cristianismo nas estruturas governamentais. Por razões óbvias, as nações e comunidades deste género não ligam importância aos avisos de Deus sôbre o julgamento. Portanto, a ira divina cairá sùbitamente sôbre elas. Nos dias de Noé êles “não deram ouvidos até que o dilúvio veio e os levou a todos, e assim será também na vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:39). O mundo actual encontra-se numa situação semelhante – não só devido à maldade das pessoas, mas também devido à sua ignorância quanto aos iminentes julgamentos de Deus.
Uma circunstância agravante para a humanidade do fim do tempo, é o facto que ela possui a Bíblia, que não só explica o caminho da salvação como também todos os resultados da persistente maldade daqueles que estão espiritualmente endurecidos. Por tal motivo, a humanidade vai trazer sôbe si a sua quase extinção. O Senhor Jesus disse: “Então haverá grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até hoje, não, nem nunca mais haverá. E se êsses dias não fossem encurtados, carne alguma seria salva” (Mateus 24:21-22).
Muitos anos antes de Cristo, Isaías profetizou sôbre os mesmos julgamentos que vão cair sôbre os maus do tempo do fim, causando grande destruição: “Vede, o Senhor faz a Terra vasia e desolada, altera-lhe a superfície e espalha os seus habitantes… a Terra ficará inteiramente vasia e despojada, porque o Senhor proferiu esta palavra… e será também ultrajada pelos seus moradores, porque êles transgrediram as leis, alteraram os acôrdos e quebraram o eterno concerto. Portanto a maldição devorará a Terra e os que nela habitam estarão desolados. Assim, os habitantes da Terra serão queimados e poucos homens ficarão” (Isaías 24:1,3, 5-6).
Uma outra semelhança entre os nossos dias e os dias de Noé e de Lot, é o facto que o Senhor garante primeiro a segurança dos justos antes de derra mar os Seus julgamentos sôbre os rebeldes. Noé, Lot e as suas famílias não estavam destinados à ira do seu tempo e, pela mesm razão, os crentes de outras épocas também não estão marcados para a ira divina. Por certo que estamos a ser perseguidos por um mundo que está sob a influência do diabo, mas nunca somos julgados por Deus. Por isso o Senhor Jesus disse: “Vigiai pois, e orai para que possais ser contados dignos de escapar todas estas coisas que vão acontecer e comparecer perante o Filho do Homem” (Lucas 21:36). Achais que sois dignos de escapar aos julgamentos que estão para vir?
O tempo do fim não é só caracterizado por dirigentes incompetentes e fracos. Êles são também arrogantes por não notarem a Palavra de Deus e não procederem em conformidade. O pecado e a injustiça proliferam sob a sua égide e fazem o que querem. E no decurso do tempo tornam-se ditadores que pensam ser intocáveis – como pequenos deuses. E isso é exactamente o que o Anticristo vai fazer. Paulo afirma que êle é o “homem do pecado… o filho da perdição que se opõe e se exalta a si mesmo acima de tudo que é chamado Deus ou que é adorado, de maneira que se senta como Deus no templo de Deus, mostrando que é Deus” (2 Tessal. 2:3-4). Êle é “o sem lei”, que, com arrogância, quebrará todas as leis de Deus (2Tess. 2:8).
Estes tiranos e seus vis seguidores serão derrubados e destronados por Deus durante a vindoura tribulação: “Olhai, o dia do Senhor chega, com furor e ira ardente para assolar a terra e destruir os seus pecadores… Eu castigarei o mundo por causa do seu pecado e os rebeldes por causa da sua iniquidade; porei fim à arrogância dos orgulhosos e rebaixarei a altivez dos terríveis. Farei que um homem seja mais precioso que ouro fino” (Isaías 13:9-12).
Os dias de Noé e de Lot, bem assim como o tempo do fim não são só tempos de grande depravação moral e apostasia espiritual, mas também dias em que Deus intervem nas vidas da humanidade para salvar os justos e punir os iníquos. Em tais alturas os sujos tornam-se mais sujos e os que são santos tornam-se mais santos (Apoclipse 22:11). Como seguidores do Senhor Jesus, é nosso dever sairmos de entre os que voltam para tràs e os que fàcilmente comprometem a Palavra de Deus.
Uma característica muito comum dos nossos dias é a auto-decepção entre as igrejas apóstatas. De uma maneira geral, as pessoas adoptam uma posição muito forte quanto aos seus próprios pontos de vista, quer sejam enganados quer não, e teimosamente justificam essa sua posição. O resultado é que menos pessoas possuem um espírito ensinável, não sendo assim fácil induzi las a mudar de ideias. A maior parte das pessoas justifica-se si própria espiritualmente, ou junta-se a igrejas de normas espirituais e morais baixas, onde os pastores declaram os membros como salvos, sem um testemunho claro de terem nascido de novo. A igreja de Laodiceia do tempo do fim alimenta-se dêste evangelho diluído de auto-rectidão. Gaba-se das suas próprias obras dizendo: “Sou rica, tenho muitos bens e nada me falta” (Apocal. 3:17). A sua riqueza evidencia-se nas largas receitas, nas igrejas grandes como catedrais, nos pastores altamente educados, em possuir milhares de membros, em gosar a alta estima da sociedade e na grande importância que dá ao clero e a rituais especiais. Todas estas coisas são tidas como prova da sua salvação e do favor que pensa gosar aos olhos de Deus. A igreja, em vez de apenas Jesus, é considerada o portal de entrada para o céu.
A palavra “Laodiceia” significa “direitos humanos” e é indicação de que esta igreja tem como foco principal as pessoas e seus direitos, em vez da glória de Deus e de um relacionamento vivo com Êle através do Espírito Santo. A sua dedicação à promoção dos direitos humanos é tão extrema e incondicional, que até se recusa a olhar a homosexualidade como pecado e abominação aos olhos de Deus. Os direitos políticos e as necessidades socio económicas das pessoas são considerados tão importantes, que a igreja envolve-se fàcilmente em programas humanitários para melhorar as vidas seculares do povo, dando pouca ou nenhuma importância às necessidades espirituais da congregação.
O que é que o Senhor Jesus diz àcerca desta igreja enganada? “Não reconheces que és desgraçada, miserável, pobre, cega e nua” (Apocal. 3:17). Há apenas uma solução para êste problema de uma forma morta de santidade que leva as pessoas a pensar erradamente que estão salvas: Devem arrepender-se, abrindo a porta dos seus corações ao Senhor Jesus. Êle diz: “Vede, Eu estou à porta e bato. Se qualquer ouvir a minha voz e abrir a porta, eu virei a si e jantarei com êle e êle Comigo” (Apocal. 3:20).
Os crentes enganados não possuem uma expectativa forte da nossa vida futura no céu e da revelação do reino de Cristo durante a Sua segunda vinda. Preferem um reino aqui, agora, em que podem gosar as bênçãos da riqueza, do domínio, da paz na Terra e da solução imediata de todos os seus problemas. É por isso que levam a cabo conferências transformadoras, para estabelecer tal reino e praticam também guerra estratégica espiritual para derrubar as fortalezas de Satanás na Terra. Êles não aceitam a realidade de sermos passageiros e peregrinos num mundo que está sob o domínio do Maligno, nem conseguem aceitar também o facto claramente citado que os cristãos estão destinados a ser perseguidos durante esta dispensação (João 15:18-20; 16:33; Actos 14:22; 2 Timóteo 2:3, 3:12; 1 Pedro 4:12-13).
Os dominionistas acreditam, que em resultado da sua fé e esforços o mundo vai tornar-se um lugar melhor até ao estabelecimento completo do reino. E não aceitam as profecias bíblicas que avisam que o mundo vai piorar no tempo do fim, e está a caminho da revelação do Anticristo como o homem do pecado (2 Tessal. 2:3; 1 Tim. 4:1; 2 Tim. 3:1-5). Rejeitam o facto que haverá uma grande tribulação no final da presente dispensação (Veja Mat. 24:21-30; Lucas 21:25-27) e consequentemente rejeitam também a promessa do arrebatamento como escape da grande tribulação para os verdadeiros crentes (Lucas 21:36; 1 Tessal. 4:16-17). Na teologia do domínio, a humanidade e os seus interesses, como a paz e a prosperidade, são considerações de grande vulto. E a Palavra do Senhor é distorcida para se encaixar nessa expectativa.
É característica do tempo do fim negar-se cada vez mais a divindade do Senhor Jesus Cristo. Muitas pessoas não acreditam que Êle é eterno, autoexistente e um com o Pai e com o Espírito Santo na santa Trindade. Nega-se também o Seu nascimento virgem, apresentando-O assim como simples homem que apenas foi um grande profeta. Desta maneira Êle torna se mais aceitável não só pelos pecadores como também pelas outras religiões. Um tal “Jesus” pode até preencher o papel de Jesus universal de todas as fés, mas isso só acontece depois de O terem tão severamente degradado em posição, que lhes é possível apresentá-l’O como seguidor de Maomé e personificação de Buda. Os pecadores apresentam-nO em filmes blasfemos de Hollywood como Jesus Cristo Super-estrela, A Última tentação de Cristo e Jesus de Montreal, simplesmente como outro típico pecador humano.
Há até muitos teólogos cristãos que negam a divindade e nascimento virgem de Jesus Cristo. Referem-se a Êle simplesmente como Jesus, como se lhes fôsse um simples igual e não como Senhor Jesus, como os apóstolos quase sempre O trataram depois de receberem o Espírito Santo, e da Sua divindade lhes ter sido totalmente revelada. Para muita gente, Jesus é apenas o filho de José e de Maria. Não podem, sob a unção do Espírito Santo dirigir-se-Lhe como “Meu Senhor e meu Deus”, como fizeram Tomé e outros (João 20:28).
Os dirigentes judeus tinham o mesmo problema e recusavam-se a reconhecer Jesus como Deus. Queriam apedrejá-LO por Se fazer igual a Deus: “Os judeus responderam-Lhe dizendo – não te apedrejamos por alguma obra boa, mas por blasfêmea, porque sendo tu homem fazes de Ti mesmo Deus” (João 10:33). Rejeitavam a origem celestial de Jesus e teimosamente recusvam-se a aceitá-LO como Filho de Deus ou Êle mesmo Deus, que é um com o Pai (João 10:30; 14:8-9). Viam-NO apenas como um ser humano nascido em Belém. Mas o Senhor Jesus apresentou-Se-lhes como o eterno EU SOU, dizendo-lhes: “Em verdade em verdade vos digo, que antes de Abraão existir EU SOU” (João 8:58). Era vitalmente importante confessar a sua divindade, pois ninguém pode ser salvo sem acreditar nesta grande verdade. Cristo disse-lhes: “Se não acreditardes que Eu sou êle, perecereis nos vossos pecados” (João 8:24). A versão moderna da Bíblia do Rei Tiago (King James version) dá-nos este verso assim: “se não acreditardes que EU SOU, morrereis nos vossos pecados”.
A grande motivação por tràs da campanha do tempo do fim contra a divindade do Senhor Jesus, é um processo post-moderno de desconstrução, em que Êle é privado da Sua identidade bíblica e atributos divinos, num esfôrço para O substituir por outro “Jesus” também referido como ”O Cristo”, ou “o Professor do Mundo”. Os judeus tinham sido avisados há muito tempo contra êste tipo de decepção, quando o Senhor Jesus lhes disse: “Eu vim em nome de Meu Pai e não me recebeis; mas se outro vier em seu próprio nome, a êsse recebereis” (João 5:43).
Milhões de enganados entre os gentios vão fazer o mesmo. Vão tmbém assinar um acôrdo com o falso messias (Daniel 9:27), segui-lo com espanto e adorá-lo (Apocal. 13:3-4). Vão aceitar completamente o impostor de Satanás, pensando que êle é o verdadeiro Cristo. Em primeiro lugar a imagem de Jesus tem de ser alterada e um falso relacionamento de irmãos entre as várias religiões estabelecido, antes das pessoas poderem ser enganadas e levadas a aceitar qualquer outra pessoa em lugar de Cristo, como o cristo cósmico de todas as fés. Neste processo, as populações não informadas vão ter uma grande ilusão e vão ser levadas a acreditar na mentira (2 Tessal. 2:11), assinando un acôrdo com o falso cristo.
O que estamos a ver no mundo hoje em dia, é um processo intensivo de desconstrução para a transformação da imagem do Senhor de tal maneira, que Êle pode, - num sentido unitarista – ser apresentado como o Messias de todas as fés. Êle está a ser separado cada vez mais da cruz e do derramamento do Seu sangue para perdão do pecado. Êle é considerado no contexto do “pensamento positivo”, de que resulta a exclusão de todas as ideias tidas como “negativas”, como a Sua cruz e os julgamentos de Deus, como se não tivessem importância. Jesus é apenas apresentado como um pacifista, que veio para salvar a humanidade de problemas como a pobreza, a discriminção, a rejeição por outros e as divisões políticas. Para esta gente Êle veio para estabelecer uma nova ordem social, em que toda a gente pode viver feliz e em paz.
O facto chocante é que existem várias igrejas e grupos cristãos que andam a propagar “outro Jesus”, “outro evangelho”, e “outro espírito”, instigados pelo diabo (2 Cor. 11:2-4). Sem darem por isso, tornam-se percursores do ”outro Jesus” do tempo do fim – o Anticristo. Quando êste impostor aparecer num cavalo branco de paz, para abençoar e unir o mundo, e para o salvar temporàriamente de uma iminente guerra mundial, (Apocal. 6:2), virtualmente toda a gente o vai aceitar como “Cristo”, seguindo-o com temor: “Todo o mundo se maravilhou e seguiu a bêsta… e adoraram a bêsta” ( Apocal. 13:3-4).
As pessoas que alteraram a imagem do Senhor Jesus para estarem conforme a imagem do Anticristo, não acreditam que um Anticristo em pessoa vai aparecer em cena. A sua perspectiva profética está totalmente distorcida, estando à espera de um reino terreno sob a direcção do messias global de todas as fés – não comprendendo que êle será o Anticristo.
Os verdadeiros cristãos não podem participar na falsa representação do Senhor Jesus privavndo-O da Sua divindade e nascimento virgem, pois se o fizessem ficariam sem um Salvador do céu. Paulo diz que êle é “o nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tito 2:13). Pedro diz: que Jesus Cristo é “O nosso Deus e Salvador” (2 Pedro 1:1) enquanto que João refere se a Êle como “O verdadeiro Deus e vida eterna” (1 João 5:20). Aínda mais, não podemos fazer silêncio sôbre o grande significado da Sua crucificação. Juntamo-nos a Paulo que diz: “Resolvi não saber nada entre vós a não ser Jesus Cristo e Êle crucificado” (1 Cor. 2:2).
Se quizermos evitar ser enganados, devemos conhecer bem a Bíblia. Todas as afirmações devem ser verificadas à luz da Palavra de Deus. “Portanto, cingi os lombos da vossa mente, sede sóbrios e firmai a vossa esperança completamente na graça que vos vai ser dada na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:13).
As profecias bíblicas sôbre o tempo do fim ajudam-nos a compreender o que está a acontecer no mundo, de maneira a não andarmos na escuridão e sermos enganados por Satanás: “Nós também temos bem firme a palavra de profecia, a que fazeis bem dar atenção como luz que alumia em lugar escuro” (2 Pedro 1:19). Se caminharmos na luz da Palavra de Deus, não nos afastaremos para a direita ou para a esquerda do caminho estreito, prosperando onde quer que vamos (Josué 1:7).
Não confieis em principes ou tenteis agradar à família, aos amigos ou a colegas, mas sede seguidores fiéis do Senhor Jesus: “Não vos conformeis com êste mundo (vil) mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que possais ver qual é essa bôa, aceitável e perfeita vontade de Deus” (Rom. 12:2).
Lembremo-nos que temos um destino celestial, e que temos de dar conta das nossas vidas perante o trono do julgamento de Cristo (Rom.14:10-12). Se tivermos uma esperança forte na segunda vinda de Cristo, viveremos vidas santas (1ª de João 3:2-3). Se a nossa espectativa profética esmorece ou se extingue, corremos o risco de esquecer quem é o Senhor das nossas vidas. Tais pessoas tornam-se arrogantes e caiem em estilos de vida carnais: “Se êsse servo mau disser no seu coração, o meu senhor está atrazado em chegar e começar a bater nos seus próprios servos e a comer e a beber com os bêbedos, o seu senhor chegará no dia em que não é esperado…e afas tá-lo-á e o destinará com os hipócritas” (Mat. 24:48-51).
Estamos a viver num mundo onde a maioria das pessoas continua a rejeitar o Senhor Jesus e a Sua Palavra, preferindo agir à sua maneira (João 3:19). O grande desafio à nossa frente é não só esforçarmo-nos por entrar pela porta estreita (Lucas 13:23-24), mas também “pôrmos de lado toda a carga e o pecado que tão fàcilmente nos enreda (e) correr com constância a corrida que está à nossa frente, olhando para Jesus, o autor e consumador da nossa fé” (Hebreus 12:1-2).
As características malignas dos nossos dias não constituem desculpa para os cristãos baixarem o nível das suas normas conformando-se com o mundo. Infelizmente, alguns crentes expôem-se voluntàriamente ao mal, minando assim a sua própria fé. O Senhor Jesus disse: “Porque a iniquidade vai abundar, o amor de muuitos arrefecerá” (Mat. 24:12). A Bíblia Viva diz: “O pecado será rampante em toda a parte e arrefecerá o amor de muitos”. Não deixemos que isso aconteça.